MULHER TRANS EXPÕE RELAÇÃO COM HOMEM QUE DESFERIU 60 SOCOS NA NAMORADA DENTRO DO ELEVADOR

Bombado conservador é exposto por mulher trans após agressão que chocou o Brasil. A mulher publicou prints de conversas com Igor e expôs preferências íntimas do covarde. Imagens mostram que ele já deu entrada no sistema prisional

Imagem da direita mostra Igor de cabelo raspado após dar entrada no sistema prisional


por Ana Oliveira

O espancamento de Juliana Garcia dos Santos, de 35 anos, dentro de um elevador por seu então namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral, teve novos desdobramentos nesta terça-feira (29). Além da prisão preventiva do agressor, uma mulher trans revelou publicamente já ter se relacionado com Igor, repudiando seu comportamento e reforçando a indignação que tomou conta das redes sociais.

Alessia Vitória, mulher trans potiguar, usou o Instagram para expor conversas antigas com Igor Cabral. Em tom de repulsa, publicou mensagens trocadas com ele e escreveu: “Livramento! Triste safado, como tive coragem de me envolver com um lixo desse?”. Em outros trechos, chamou Igor de “covarde” e insinuou detalhes íntimos das interações entre eles. As postagens contribuíram para intensificar a revolta nas redes, onde o agressor vem sendo chamado de “Bombado do Elevador”.

Ainda nesta manhã, foram divulgadas as primeiras imagens de Igor no sistema prisional do Rio Grande do Norte. De cabeça raspada e com aparência abatida, ele foi registrado ao dar entrada na penitenciária estadual, onde permanecerá enquanto responde pelo crime. Igor foi preso em flagrante no sábado (26) após o ataque, passou por audiência de custódia no domingo (27) e teve a prisão convertida em preventiva.
Depoimento por escrito

Juliana, a vítima da agressão, prestou depoimento por escrito. Com o rosto desfigurado por mais de 60 socos — registrados pelas câmeras de segurança do condomínio em Ponta Negra —, ela ficou impossibilitada de falar. Fraturas no maxilar, inchaço e lesões internas comprometeram temporariamente sua fala, obrigando-a a relatar os fatos com papel e caneta.

Segundo a Polícia Civil, o espancamento ocorreu após uma discussão iniciada por ciúmes. As imagens mostram o momento em que Igor parte para a agressão assim que a porta do elevador se fecha. A sequência de socos deixou Juliana com graves ferimentos: fraturas múltiplas no rosto, perda parcial da visão e necessidade de cirurgia de reconstrução facial. Ela foi socorrida por vizinhos e levada ao Hospital Walfredo Gurgel, onde segue internada.

A delegada Victoria Lisboa, responsável pelo caso, afirmou que há indícios claros para o indiciamento de Igor por tentativa de feminicídio. “A agressão foi brutal e contínua. Ao ver as imagens e constatar o estado da vítima, entendemos que houve clara intenção de matar”, disse. A delegada também apura se houve episódios anteriores de violência, já que a vítima nunca havia registrado boletins de ocorrência ou solicitado medidas protetivas.

Quem é Igor Cabral

Igor Eduardo Pereira Cabral tem 29 anos e possui histórico como atleta de basquete. O nome dele aparece em registros da Liga Nacional de Basquete e em competições internacionais de basquete 3×3, incluindo os Jogos Olímpicos da Juventude em Nanjing, na China. Apesar disso, a Confederação Brasileira de Basquete informou que ele nunca integrou oficialmente a Seleção em competições organizadas pela entidade.

Estudante de Ciências Contábeis, Igor foi também mencionado em boletins de ocorrência antigos envolvendo brigas e agressões físicas. Em depoimento recente, alegou ter transtornos como claustrofobia e pertencer ao espectro autista, tentando justificar sua reação no elevador. A delegada responsável, no entanto, descartou essas alegações como atenuantes: “Nada justifica a violência praticada”.

Repercussão

O caso gerou forte comoção pública. O vídeo do ataque circulou amplamente nas redes sociais, gerando indignação e impulsionando manifestações de solidariedade à vítima.

Juliana continua em recuperação e deve ser submetida à cirurgia facial nos próximos dias. A polícia segue acompanhando o caso e, segundo a Delegacia da Mulher, novas diligências serão realizadas para investigar possíveis episódios anteriores de agressão.

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