Jake Angeli-Chansley voltou a acusar o chefe da Casa Branca de necrofilia e se voltou também a outras autoridades do governo
24/07/2025 10h22 Atualizado há 9 horas
Jacob Chansley, apelidado de 'xamã QAnon', durante a invasão ao Capitólio AFP
Iniciativa controversa:
Alguns meses depois, o "xamã" se voltou contra o presidente:
"F...-se esse pedaço de m... estúpido... Que fraude", escreveu Chansley em rede social na quarta-feira (23/7). "Ah, sim, e f...-se Israel! E f...-se Donald Trump!", acrescentou.
"É hora de brincar de E SE! E SE... para Trump VOLTAR ao clube dos bilionários... se ele tivesse que f... um cadáver DE NOVO... Quantas vezes Trump pediu falência? ESSE é o SEU presidente! NÃO O MEU! Eu sou o presidente da Nova República Constitucional dos EUA", emendou ele.
Jake já havia acusado Trump anteriormente de ter "transado com um cadáver para conseguir seus bilhões de dólares", sem dar detalhes, de acordo com reportagem no site "Mediaite".
Jake Angeli-Chansley, mais conhecido como 'Xamã QAnon', na invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021 — Foto: AFP
O 'Xamã QAnon' na invasão do Capitólio, em Washington: pose de pop star — Foto: AFP
A postagem foi feita num momento de grande pressão sobre Trump por causa da chamada "lista de Epstein". Desde o início do mês, o republicano tem sido pressionado até por aliados por não cumprir a promessa de divulgar o documento relacionado ao bilionário que tinha conexões com figuras influentes do mundo político, financeiro e artístico. Ele morreu em 2019, em uma prisão em Nova York, acusado de comandar uma rede de abuso sexual contra dezenas de meninas menores de idade. É de conhecimento público que Trump e Epstein foram amigos nas décadas de 1990 e 2000. O presidente nunca foi investigado sobre o caso e afirma ter se afastado do bilionário quando as denúncias de abuso sexual vieram à tona. Em junho, o bilionário Elon Musk fez com que o caso voltasse à mídia durante uma briga pública com Trump. À época, ele publicou no X que o nome do presidente aparecia nos arquivos de investigação. O post acabou sendo apagado, e Musk pediu desculpas. Um mês depois, o Departamento de Justiça dos EUA afirmou em nota oficial que Epstein cometeu suicídio e que o FBI não encontrou provas da existência de uma "lista de clientes".
O "xamã" também voltou as suas baterias ao presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, a que chamou de "travesti" e ao diplomata Richard Grenell, a quem acusou de praticar "magia negra babilônica" e usar "poderes psíquicos para controlar as mentes" de "escravas sexuais". Ele também alegou que Grenell possuía "a capacidade de morder pessoas e injetá-las com veneno que permite que aqueles submetidos ao veneno fiquem sob um feitiço hipnótico".
Nos distúrbios que provocaram cinco mortes no Capitólio, após a derrota de Trump nas urnas, Jake foi filmado sem camisa, usando um chapéu de pele de animal com chifres (o que o levou a ser chamado também de "manifestante viking"), com o rosto pintado e empunhando uma bandeira dos EUA em uma espécie de lança. Com ar desafiador, ele virou sinônimo de radical seguidor de Trump.
Após ser preso, Jake chegou a afirmar que havia invadido o Capitólio atendendo a um chamado de Trump em resposta à derrota nas urnas para o democrata Joe Biden. Na detenção, o "xamã" mudou o discurso e se disse "traído" por Trump, prontificando-se até a depor contra o republicano.
O "xamã" foi condenado a 41 meses de prisão por sua participação no incidente, antes de ser finalmente perdoado em janeiro de 2025, quando o magnata republicano reassumiu o cargo.
"Consegui um perdão, baby! Obrigado, Presidente Trump!", escreveu ele na época. "Agora vou comprar umas armas!", emendou.
Postagem de Jake Angeli-Chansley após ser libertado por Trump — Foto: Reprodução/X
Radicado no Arizona (EUA), Jake foi associado ao QAnon, grupo supremacista orientado por uma série de crenças bizarras e teorias conspiratórias. Algumas das teorias difundidas na época do primeiro mandato de Trump eram de que os bastidores do poder americano estavam dominados por um complô de pedófilos adoradores de Satã com o apoio da imprensa.
Em 2023, Jake compareceu diante de um juiz e se disse profundamente arrependido por seus atos no dia 6 de janeiro, afirmando estar caminhando "na direção oposta" à que seguiu no dia da invasão.
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