O CÉREBRO HUMANO MUDA PARA SE ADAPTAR À VIDA NO ESPAÇO

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Três regiões do cérebro intimamente ligadas ao movimento físico sofrem alterações com a vida em órbita, sugere um estudo belga

Analisar cérebros de astronautas pode revelar conclusões interessantes sobre a neuroplasticidade deste órgão, a característica que permite aos neurónios adaptarem-se e sobreviverem a desafios, mesmo que eles sejam mover-se no espaço.

Análises a neuroimagens dos cérebros de 11 astronautas que estiveram seis meses em órbita, revelaram aumentos substanciais de matéria branca e cinzenta em três regiões cerebrais intimamente ligadas ao movimento: o córtex motor primário, que envia sinais de movimento aos músculos, o cerebelo, que desempenha um papel nos movimentos finos, e os gânglios da base, uma área que ajuda a iniciar os movimentos.

“Com as técnicas que usamos, podemos ver claramente que há mudanças microestruturais em três áreas principais do cérebro que estão envolvidas no processamento motor”, disse Steven Jillings, neurocientista da Universidade de Antuérpia, na Bélgica, ao jornal The Guardian.

Os aumentos revelam que as células responsáveis pelo movimento ou pela atividade motora reconfiguram-se para lidarem com as adversidades provocadas pela vida no espaço, onde uma das principais mudanças drásticas é a falta de peso (massa), provocada pela menor gravidade.

O estudo da universidade belga, publicado na revista científica Science Advances, revela ainda que algumas das mudanças continuam evidentes nos astronautas ao fim de sete meses em terra.

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