A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS COMPARADA A OUTROS VÍRUS MORTAIS

Mundo superou as 5 milhões de mortes por Covid nesta segunda, número muito superior ao da maioria das epidemias virais dos séculos XX e XXI. Veja comparativo.


Por France Presse


Profissionais de saúde ajustam equipamentos de proteção durante funeral de uma pessoa com suspeita de ter morrido de ebola na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, em 9 de dezembro de 2018 — Foto: Goran Tomasevic/Reuters

O mundo superou as 5 milhões de mortes por Covid-19 nesta segunda-feira (1º), número muito superior ao da maioria das epidemias virais dos séculos XX e XXI.

As exceções são a gripe espanhola e a Aids. Veja abaixo a comparação da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) comparados a outros vírus mortais:

H1N1: em 2009, o vírus H1N1 causou oficialmente 18,5 mil devido à gripe A (ou "gripe suína"). Posteriormente, a revista científica "The Lancet" estimou o número de vítimas entre 151,7 mil e 575,4 mil mortes em todo o mundo.

Sars: outro coronavírus que preocupou o mundo no século XXI foi o da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que também foi registrado pela primeira vez na China e deixou 774 mortos entre 2002 e 2003.


O um tipo de cornavírus pode causar a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) — Foto: NIAID/Visualhunt

Epidemias gripais: o número de mortes por Covid-19 é comparado com frequência ao das gripes sazonais, que deixam milhares de mortos a cada ano sem ocupar as manchetes da imprensa.

Em todo mundo, estas epidemias anuais causam cerca de 5 milhões de casos graves e deixam entre 290 mil e 650 mil mortos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No século XX, duas grandes pandemias de gripe ligadas a novos vírus provocaram, cada uma, cerca de um milhão de mortes, segundo cálculos feitos posteriormente: a pandemia de 1957-58, chamada de "asiática", e a de 1968-70, batizada de "gripe de Hong Kong".

Gripe espanhola: a grande gripe de 1918-1919, conhecida como "gripe espanhola", matou entre 50 e 100 milhões de pessoas em "três ondas", segundo as últimas estimativas (publicadas no início dos anos 2000).


Recorte do jornal Correio Paulistano sobre a morte do primeiro paulistano em decorrência da gripe espanhola — Foto: Reprodução/Correio Paulistano

Ebola: desde 1976, o ebola causou cerca de 15,3 mil mortes apenas na África. O vírus tropical é mais letal do que o Sars-Cov-2 e causa a morte de cerca de 50% dos infectados, segundo a OMS, mas é muito menos contagioso.

A última grande epidemia de ebola, registrada entre agosto de 2018 e junho de 2020 na República Democrática do Congo, deixou cerca de 2,3 mil mortos.


Pessoas passam por outdoor com alerta sobre o ebola na cidade de Freetown, em Serra Leoa, em 2016 — Foto: Aurelie Marrier d'Unienville/AP

Aids: ainda sem uma vacina eficaz 40 anos após seu surgimento, a Aids já causou a morte de quase 36,3 milhões de pessoas no mundo (ou seja, sete vezes mais do que a Covid-19).
Graças às terapias antirretrovirais, o número anual de vítimas da Aids diminuiu desde o pico registrado em 2004, quando 1,7 milhão de pessoas morreram. Em 2020 foram 680 mil óbitos, segundo a UNAIDS.

Hepatite: transmitidos pela corrente sanguínea, os diferentes tipos de vírus da hepatite também são letais. Todos os anos, mais de um milhão de pessoas morrem de hepatite B e C, que provocam cirrose ou câncer de fígado, especialmente nos países mais pobres.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS)


GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

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