PROFESSOR INICIA A PRODUÇÃO EM ESCALA DOS PINHEIROS SUPERPRODUTIVOS

O pesquisador e professor da UFPR Flávio Zanette fez, no dia 23 de setembro, os primeiros enxertos de mudas de pinheiros produzidas em grande escala, como parte do Programa O Resgate da Árvore Símbolo do Paraná, que tem a meta de plantar 10 milhões de pinheiros no Paraná. 




O programa tornou-se viável com a aprovação pela Alep da Lei 20.223/2020 que estabelece regras de plantio, cultivo e exploração comercial da espécie araucaria angustifolia, conhecida como Pinheiro do Paraná). 

São 20 mil mudas de 1,5 ano de idade, aptas a receber o enxerto e que se transformarão em árvores superprodutivas, capazes de produzir de 300 a 500 pinhas cada quando atingirem a maturidade. 

Esse extraordinário avanço genético é fruto de muitos anos de estudo de técnicos da UFPR e da Embrapa, liderados pelos pesquisadores Flávio Zanette e Ivar Wendling. 

Este é o primeiro viveiro florestal de pinheiros a produzir em grande escala essas árvores especiais, de produção precoce que, espera-se, voltem a povoar o Estado do Paraná, gerando renda aos proprietários rurais, especialmente os do sul do estado. 

Flávio Zanette fez demonstração do enxerto dessas mudas detalhou o programa e legislação 

De acordo com o professor, a nova legislação garante algo extremamente: a renovação. “Qualquer espécie, se não houver renovação, ela está fadada à extinção. Precisamos de renovação. O grande passo foi iniciar com essas garantias a quem cultiva. Plantou tem direito a colher. Em seguida, o que fazer com a vegetação? Certamente haverá uma legislação inteligente que preserve a renovação, conservando todo o material genético”, explicou. 

Com as novas regras vão mudam a relação do agricultor e a araucária. “O próximo passo é garantir que alguém que preserve a araucária em sua propriedade tenha uma maneira de, depois, aproveitar esta planta da melhor forma. Depois de 35 anos de estudo, sabemos que nem todas dão grande quantidade de pinhão. Com esta tecnologia de seleção poderemos ter os indivíduos mais produtivos. Desta forma a araucária poderá render mais em pé do que deitada”. 

A Lei é de autoria do primeiro secretário da Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), e dos deputados Hussein Bakri (PSD) e Emerson Bacil (PSL). A legislação prevê que quem decidir plantar a espécie em imóveis rurais para exploração dos produtos e subprodutos madeireiros ou não, deverá realizar um cadastro da plantação no órgão ambiental estadual. A exploração deverá ser previamente declarada para fins de controle de origem, devendo a propriedade rural estar devidamente inscrita no Cadastro Ambiental Rural (CAR).




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