Encontro de Obama e Dalai Lama 'danifica relações' entre China e EUA

China pediu que EUA pare de intervir nos assuntos internos do país. Pequim protesta cada vez que Dalai Lama é recebido por outras nações.
Pequim criticou fortemente Washington neste domingo (17) depois que o presidente americano Barack Obama recebeu Dalai Lama na Casa Branca. O governo chinês afirmou que o encontro danifica as relações entre os dois países.
"Tal ato representa uma grave intervenção nos assuntos internos da China, fere os sentimentos do povo chinês e danifica as relações sino-americanas", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ma Zhaoxu, em um comunicado citado pela agência oficial “Nova China”.
A reunião de Obama com o líder espiritual tibetano foi realizada no sábado (16) com grande discrição, longe do Salão Oval da Casa Branca, onde os presidentes norte-americanos recebem tradicionalmente os líderes mundiais. Pequim considera Dalai Lama um "separatista" que pretende dividir a China e protesta cada vez que ele é recebido por dirigentes estrangeiros.
"Pedimos aos Estados Unidos que considerem seriamente a postura da China, que tome providências imediatas para eliminar as possíveis consequências, que parem de intervir nos assuntos internos da China e deixem de cooperar e respaldar as forças separatistas que buscam a independência do Tibet", declarou Ma Zhaoxu em um comunicado.
A visita do Dalai Lama a Washington ocorre em um momento delicado das relações entre a China e os EUA, em meio a uma crescente tensão no Mar da China meridional entre Pequim e outros cinco países que também reivindicam espaço nestas águas estratégicas.

Da France Presse



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