QUEREMOS ACESSO À GAZA





Durante os 20 meses de genocídio, Israel proibiu qualquer jornalista estrangeiro de entrar em Gaza, ao mesmo tempo que, sistematicamente, matou mais de 232 repórteres palestinos.

Na empreitada para apagar a população palestina do mapa — controlar a informação e manter seus crimes de guerra escondidos do mundo foram algumas das armas mais poderosas de Israel.

Nos recusamos a ficar de braços cruzados diante das barbaridades sendo descobertas em Gaza, no que se tornou o conflito mais mortal para jornalistas já registrado .

O Intercept Brasil, junto à iniciativa da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) e de mais de uma centena de organizações de defesa da liberdade de imprensa, lançou um apelo público para exigir acesso imediato, independente e sem restrições de jornalistas internacionais na Faixa de Gaza.

Também exigimos a proteção total e absoluta dos jornalistas palestinos, que se tornaram, ao lado de seus filhos, parceiros e familiares, verdadeiros alvos do exército israelense.

Nossa luta é pelo direito de envio correspondente para trabalhar ao lado de nossos colegas, que se encontram em condições insuportáveis de sobrevivência, enfrentar fome, prisão, deslocamentos forçados e o medo constante de novos ataques.

A luta é árdua, mas a missão é nobre: a única forma de parar o genocídio é se todos voltarem seus olhos para Gaza.

A campanha de aniquilação de Israel depende do apoio estrangeiro. E, por mais triste que seja, devido ao olhar racista do mundo sobre Gaza, ter repórteres não-palestinos na pista provavelmente ajudaria a mudar a narrativa e poderia salvar vidas. É isso que Israel não quer.

Essa guerra contra o jornalismo, declarada por Benjamin Netanyahu e seu gabinete de extrema-direita, é a mais pura representação do medo das repercussões internacionais negativas e das retaliações por seus crimes.

Por isso, nosso trabalho é tão essencial agora: revelamos uma empresa brasileira que está lucrando com a devastação de Gaza, e fizemos uma parceria com o núcleo investigativo palestino Al Jazeera, traduzindo seus documentários para o português e mostrando para o Brasil as mentiras que Israel contou sobre os ataques do Hamas de 7 de outubro.

É importante ressaltar também que, além do Intercept, apenas dois outros jornais brasileiros relataram o apelo público pela proteção da liberdade de imprensa em Gaza: Agência Pública e Amazônia Real.

Como você já deve ter adivinhado, nenhum dos maiores veículos de mídia do país se manifestou. Para o G1, Estadão, Folha de S.Paulo, Exame, UOL, entre tantos outros, reportar o genocídio em Gaza não é uma prioridade.

A dor e a luta do povo palestino PRECISAM foram noticiadas. O massacre de mais de 55 mil pessoas não pode ser apagado pela história. E você pode confiar que o Intercept Brasil sempre estará do lado certo dessa luta.

Obrigado por acompanhar nosso jornalismo.





GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

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