CURITIBA É A PRIMEIR A CIDADE DO SUL A INSTALA ESTAÇÕES DISSEMINADORAS DE LARVICIDA CONTRA MOSQUITO DA DENGUE

Smart City Expo Curitiba 2025

                                                                                                                                                                                      FOTO: Isabella Mayer/SECOM
Instalação das primeiras Estações Disseminadoras de Larvicida contra mosquito da dengue. Na foto, os agentes de combate às endemias, Claudinei Souza e Osni Reif, fazendo a instalação na casa da moradora do bairro Cajuru, Marilda Willy Gonçalves. 

O prefeito Eduardo Pimentel e a secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak, lançaram nesta terça-feira (25/3), no primeiro dia do Smart City Expo Curitiba 2025, as Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL), uma inovação que passa a ser aplicada a partir de agora em Curitiba no combate à dengue. A capital paranaense é a primeira cidade do Sul a aderir a essa tecnologia.

O trabalho foi viabilizado por uma parceria entre o Instituto Carlos Chagas/Fiocruz e o município de Curitiba formalizada nesta terça-feira, com a presença também do presidente da Fiocruz Paraná, Stênio Fragoso, e do vice-prefeito de Curitiba e secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Paulo Martins. A Fiocruz irá ceder o "equipamento" e o município entrará com a mão de obra, efetivação e acompanhamento da metodologia.

Nesta primeira fase de projeto-piloto, serão instaladas 1.500 unidades da EDL no bairro Cajuru – que faz parte do distrito sanitário do Cajuru, local com alto risco para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. As primeiras foram instaladas logo após o lançamento.


“Ações simples, mas criativas, como esse balde preto com água e produto que mata o ovo e infecta a fêmea do mosquito da dengue, ajudam a proteger você, os seus filhos, os seus pais, a sua família da contaminação da dengue”, disse o prefeito, citando também outras ações de enfrentamento da dengue realizadas por Curitiba. 

“Essa é uma inovação que contribui com a saúde da população”, completou a secretária.

Como funcionam

As EDLs são armadilhas feitas com um pote plástico com água contendo internamente uma tela, na qual é impregnado um larvicida em pó muito fino, para atrair os mosquitos Aedes.

O produto usado é o larvicida piriproxifem micronizado, que mata apenas as larvas e pupas (estágio intermediário entre a larva e o inseto adulto). É um produto eficaz e com baixa toxicidade para os humanos e animais.

Partículas do larvicida se aderem às pernas e ao corpo do mosquito adulto quando ele pousa na superfície da EDL. Como as fêmeas de Aedes preferem visitar muitos criadouros para colocar poucos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida para esses outros locais, que viram também armadilhas letais para os mosquitos imaturos.

“As estações tornam-se instrumentos que facilitam a disseminação de larvicida, entre a EDL e criadouros não tratados, pelos próprios mosquitos. Com a EDL, o mosquito passa a ser um grande aliado no controle das arboviroses (doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana)”, explicou a secretária durante a sua apresentação.

O cidadão que aceitar ter uma EDL instalada em seu quintal precisará revisar a armadilha semanalmente para checar o nível de água. Uma vez por mês, o agente de combate às endemias visita a casa onde a EDL está instalada para verificar o nível de água, o estado da armadilha e trocar a tela impregnada com larvicida.
Primeiras instalações

Logo após o anúncio no Smart City Expo Curitiba 2025, as primeiras armadilhas foram instaladas no bairro Cajuru. A primeira moradora a receber um equipamento em casa foi a aposentada Margareth Robineta Bieberbach Bernardon, de 74 anos.

“Toda experiência é boa para combater o mal que está assolando o país. Vamos torcer para que seja bom e dê certo”, afirmou Margareth.

O comerciante Leiz dos Santos Silva, de 40 anos, foi o segundo a receber a instalação da EDL. “É importante, é saúde de todos nós”, disse.

A aposentada Marilda Willy Gonçalves, de 69 anos, também está fazendo parte do projeto-piloto da Prefeitura e recebeu uma EDL em seu quintal. "É uma iniciativa muito boa, o mosquito vem e leva veneno para outros criadouros. Vamos ver se agora vai diminuir a incidência de insetos”, avaliou.
Resultados

Estudos realizados em Brasília, uma das cidades que já usam a EDL, mostraram uma redução de 66,3% na densidade de mosquitos adultos de Aedes na região em que essas armadilhas foram aplicadas.

Além de Curitiba e Brasília, outras 15 cidades do País já utilizam as EDLs: Rio de Janeiro, São José do Rio Preto, Manaus, Marília, Votuporanga, Catanduva, Indaiatuba, Paulínea, Hortolândia, Santa Bárbara do Oeste, Jundiaí, Campinas, Ribeirão Preto, Recife e Jaboatão.

Smart City

O Smart City Expo Curitiba 2025, organizado pelo iCities, hub de inovação com sede na capital, conta com o apoio da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Paraná e a chancela da Fira Barcelona, um dos mais renomados organizadores de eventos do mundo.

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