''CASA DO BURRO BRABO'' PODERIA SER UM ESPAÇO DE ATRATIVOS CULTURAIS E DA MEMORIA DA REGIÃO

Após uma longa batalha judicial, o Ministério Público do Paraná, através da Promotoria de Proteção do Meio Ambiente, conseguiu a recuperação completa deste casarão histórico no bairro do Bacacheri. 


Foi construída por volta de 1860, às margens do caminho para a Graciosa, quando o bairro Bacacheri era mais conhecido como Colônia Argelina – local de 118 imigrantes de 39 famílias francesas. É uma das últimas casas com características rurais de Curitiba. Além de moradia, este local funcionou como armazém e pousada para viajantes. Registros apontam que Dom Pedro II, durante suas andanças pela região, chegou a pernoitar no local. Ali também abrigou um prostíbulo conhecido na época como a “Casa das Francesas”,citado em histórias do escritor paranaense Dalton Trevisan.

Construída em um único pavimento, com técnica mista, possui uma varanda nas fachadas frontal e lateral, com piso de tijolos. A cobertura do imóvel é outra característica marcante, não só pelas suas dimensões, mas também pela sua linha de caimento que se projeta sobre as varandas.

Na lenda popular, o nome Burro Brabo “pegou” quando ali ficavam os burros que andavam pela antiga Estrada da Graciosa, a qual margeava a casa e era destino de viajantes tropeiros da cidade ao litoral. Os animais que paravam aos montes na frente do imóvel, já que ali era pousada e armazém, eram tão ariscos que ninguém conseguia chegar perto. Não deu outra: a casa ganhou o apelido.

Reconhecendo valor histórico da propriedade, em dezembro de 1992 o Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico decidiu pelo tombamento da construção. O MP-PR ingressou com ação judicial em 1999 cobrando dos proprietários a recuperação da casa, que estava praticamente destruída. O processo tramitou junto à 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba (autos nº 11.949). A casa fica na Avenida Erasto Gaertner, nº 2035.

Em abril de 1999 a Justiça condenou os donos do imóvel a fazerem o restauro, mas os réus ingressaram com recurso, negado pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Em setembro de 2003, o MP-PR executou a sentença que determinou a recuperação, considerando que até então nenhuma obra de reparo havia se iniciado, requisitando ainda a imposição de multa diária de R$ 2 mil – o que foi acatado pela Justiça. Os réus então aceitaram a decisão judicial e iniciaram os procedimentos para tratar da restauração do bem. 

Em 11 de fevereiro de 2009, a Coordenadoria do Patrimônio Cultural aprovou o projeto final de restauro da “Casa do Burro Brabo”, sendo que em outubro do mesmo ano começaram os trabalhos de engenharia na propriedade. A vistoria final e aprovação da obra foi feita pela Coordenadoria em 26 de agosto de 2010.

Poderia ser um local de eventos, sessões de fotos, filmagens, atividades artísticas ou para outras demandas, isso com controle social da comunidade cultural.

Bairro Bacacheri poderia estar na linha de Turismo de Curitiba com parada no primeiro Parque de Curitiba, o Parque General Iberê de Matos mais conhecido como, Parque Bacacheri; outro ponto de visita, Museu Egípcio e Rosacruz -Tutankhamon e, Casa do Burro Brabo.
O parque poderia ter mais atrativos e eventos com interação aos seus visitantes; Casa do Burro Brabo idem. o Museu apresenta uma diversidade com mais de 700 itens que fazem parte de várias coleções, como réplicas confeccionadas por artistas brasileiros. 

O principal atrativo do acervo é a múmia Tothmea, datada de aproximadamente VI a V a.C., sendo uma das duas únicas múmias legítimas do Egito que estão no Brasil

Adilson Moreira

GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

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