PERSPECTIVAS DOS GOVERNOS LATINO-AMERICANOS COM O NOVO GOVERNO BRASILEIRO


Carta capital (Imagem)

A vitória de Luís Inácio Lula da Silva (PT) como presidente do Brasil, foi recebida, principalmente pelo presidente argentino Alberto Fernández, que logo após, realizou uma viagem ao Brasil para conversar sobre as relações entre Brasil e Argentina, já que este presidente tem como sonho em seu mandato de fortalecer o MERCOSUL e a UNASUR, que segue paralisada desde a vitória do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), que junto dos presidentes anteriores de direita decidiram abolir para fundar o PROSUL, que nem relevância teve para o país, por julgarem a UNASUR uma organização esquerdista.
Sabemos que Argentina e Brasil sempre tiveram uma boa relação, seja ela política, econômica, social ou até bélica, (como foi o caso da guerra da Triple aliança), por isso a posição e a pressa do presidente argentino, pois agora com Lula, torna-se, finalmente possível a volta do fortalecimento do poder da América do Sul, que promete até mesmo a volta a Cumbre CELAC, que sempre visou fortalecer a integração latino-americana.

O presidente argentino, já vinha seguidamente junto ao presidente, Manuel López Obrador do México, a sinalizar a intenção de fortalecer as relações entre os países latino-americanos, para que haja uma maior integração e para que economicamente possam em conjunto sair da crise pela qual deixaram os antigos governos com as péssimas gestões durante a pior fase da pandemia de COVID-19.

Governos como o do Chile, Argentina e Peru, são exemplos de presidentes eleitos que tomaram, assim como Lula posse em um contexto político, econômico, social e sanitarista, que fazem com que recaia sobre eles o resquício de gestões que não souberam ou não quiseram lidar de maneira benéfica para a população, para com a crise que estava iniciando.

Assim como o mundo todo, a América Latina está em crise e o Brasil é a “cabeça dessa locomotiva”, que com o governo de Lula, que já havia fortalecido muito a integração e os países latino-americanos em seus outros mandatos, sinaliza, sua nova eleição, para os países vizinhos uma volta dessa política, que tem lá as suas críticas, por dizer que impõem o Brasil como uma potência, se sobressaindo por sobre os outros países da região.

Como os presidentes latino-americanos, que recentemente são principalmente de esquerda, esperemos que o fortalecimento regional volte a ser prioridade par o governo brasileiro e, também, para todos os outros e que em 2023, tenhamos o fortalecimento do MERCOSUL e a volta do funcionamento da CELAC e da UNASUL, para que os países possam voltar a crescer depois dos momentos tão difíceis que passamos nessa segunda década do século XXI.

*Danilo Espindola Catalano é escritor, pesquisador e professor de espanhol, dedicado a passar a cultura latino-americana aos seus alunos. Graduado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, pós-graduado em Metodologia do Ensino da Língua Espanhola e Especializando em Educação e Cultura pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais Brasil.

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