CURITIBA TEM AUMENTO DE 5 VEZES DA COVID-19, PREFEITURA REFORÇA A IMPORTÂNCIA DE RESTRIÇÕES

Desde o dia 11 de junho os dados no boletim da covid-19 apresentam o agravamento da pandemia na Capital. O Centro de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do município apresentou o nível de alerta bandeira Laranja ( nível médio), numa escala de três níveis que inclui também o amarelo (alerta) e o vermelho (alerta máximo).

        Curitiba registra 510 novos casos de coronavírus e mais seis óbitos.(16/06)


De acordo com os dados da Secretaria Municipal da Saúde, o número de casos confirmados de covid-19 na capital cresceu cinco vezes, quando comparado ao registrado até o final de maio. 

Entre 11 de março (primeiros casos confirmados na capital) e 28 de maio, foram 14 confirmações diárias, em média. Com as confirmações desta terça, a média registrada passou para 67 casos por dia, contando o período a partir de 29 de maio – quase cinco vezes mais.

Esse cenário reforça a importância das medidas apontadas no Decreto 774, válido desde dia 15 de junho, que aumentou as restrições para alguns setores geradores de aglomeração de pessoas apontados com maior potencial de transmissão do novo coronavírus.

Entre 11 de março (primeiros casos confirmados na capital) e 28 de maio, foram 14 confirmações diárias, em média. Com as confirmações desta terça, a média registrada passou para 67 casos por dia, contando o período a partir de 29 de maio – quase cinco vezes mais. Na sexta-feira dia 05 o número de contaminados confirmados era 1212 saltou para 1665, em 11 de junho, um aumento de 38%

O diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira, explica que esse aumento tem influência direta na ocupação de leitos hospitalares e nas mortes por covid-19. “Quanto mais doentes, maior a pressão sobre a rede de saúde. E a nossa missão é evitar o máximo possível que as pessoas morram.” 

A taxa de ocupação de UTIs SUS para covid-19 atingiu nesta terça-feira a maior marca desde o início da pandemia: 85%, contra 75% na segunda-feira. 

MORTES

O número total de óbitos na capital atingiu 89 pessoas nesta terça-feira, dia 16, ( dia 04 eram 54 óbitos )

Até o final de maio, ocorria uma morte a cada dois dias, em média. Agora, essa incidência pulou para cinco mortes a cada dois dias – também cinco vezes mais. 

A secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, explica que estão sendo tomadas medidas para evitar que a cidade entre na bandeira vermelha, o que exigiria restrições mais acentuadas. Oliveira acrescenta que as avaliações da Secretaria serão diárias.

“De um dia para o outro, o quadro muda. O importante é que todas as decisões levam em conta o melhor cenário para o combate ao novo coronavírus. A curva de crescimento da doença precisa ser controlada para que não faltem leitos nos hospitais quando os pacientes precisarem.” 

SETORES

Em decorrência do agravamento do cenário de segunda para terça-feira, a Secretaria Municipal da Saúde vai continuar avaliando mudanças para alguns setores em relação às determinações do Decreto 774, como o de academias e restaurantes. Conforme reunião realizada na segunda-feira, com representantes dessas áreas, a previsão era a de apresentar nessa quarta-feira (17/6) novas regras. Tão logo haja uma consolidação do quadro e segurança para que modificações sejam implementadas, o novo regramento será efetivado.
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Na tarde do dia 14, o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns, avaliou como correta a decisão da Prefeitura de Curitiba de elevar o nível de alerta da pandemia por conta da expansão da transmissão do novo coronavírus na cidade, do aumento de atendimentos na rede de saúde e de casos da doença. “Quase com certeza, vamos enfrentar a pior semana da epidemia da Covid até agora em Curitiba e no Paraná. Vários internamentos nas últimas 24 horas“, alertou.

Arns avalia que, se a população seguir as medidas de isolamento social, provavelmente, a Capital voltará a ter a epidemia sob controle em 4 a 6 semanas.

GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

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