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| Ilustração, GzT StC |
UMA PERGUNTA E MUITAS DÚVIDAS.
“Acabo de ler mais uma reflexão sobre o tema atual da Pandemia, convidando os leitores a conversão. Muito tem-se falado e escrito sobre esse inusitado acontecimento que se abateu sobre a humanidade em 2019-20.
Já está na hora de empreender gestos concretos de mudanças iniciando por cada um de nós e, ao mesmo tempo, na sociedade nacional e internacional. Será que algo novo vai acontecer, especialmente na sociedade, eivada pela ganância e egoísmo? Até agora foram vistos alguns progressos, MAS, nós cristais e católicos, temos FÉ? Renovamos a palavra do incrédulo São Tomé: "Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé!” (Professor, doutor, irmão Dario Bortolini – 19/4/2020)
RESPOSTAS E PERSPECTIVAS POSITIVAS.
É provável que muitos de nós, setuagenários ou de mais idade, não tenhamos a oportunidade de ver o mundo, o Brasil, ser comandado, a partir de 2040, por crianças e jovens de hoje. Com todas as letras, vivemos horas de apuros e dias tenebrosos, grande parte por culpa do poder mal exercido, posses, domínios, retóricas, inversão de valores e prioridades.
Ao realizar trabalho escolar, estudante de 12 para 13 anos, oitava série do ensino fundamental, perguntou para cem mães, entre centenas de amigos(as) virtuais: O que é fundamental para a vida da senhora nesse momento pandêmico?
Para 50% das mulheres, essencial é respeitar orientações científicas e sociais de autoridades confiáveis. Sem exceção, todas reagiram que está difícil, porque cada autoridade e cada dia mudam. A situação está bem complicada. Passada essa fase, porém, a coisa mais importante vai ser trabalhar para prover e suprir necessidades pessoais e familiares. Cerca de 25% das mães, responderam: viajar, comprar, comer, restabelecer contatos presenciais. As outras 25%, tiveram respostas variadas sobre ocupações fundamentais: formação integral dos filhos, vivência em valores alicerçados no bem e no bem estar do próximo, mais e mais.
Animado, questionamos essa adolescente: E para você, o que é fundamental?
Dentre dez, colhemos três respostas, textualmente:
Primeira: Vida, saúde, realização. Estes três fundamentos se harmonizam e só sobrevivem onde existe paz, diálogo, respeito às diferenças.
Segunda: Saber e compreender que somos compostos de corpo e alma. Para mim, alma reúne doze gotículas: fé, perdão, caridade, esperança, fraternidade, mistérios, partilha, graças, divindade, bondade, espiritualidade, oração.
Terceira: Peço todas as manhãs e noites para o céu que as famílias, a Igreja e os governantes sejam menos pecadores. Material e financeiramente, temos quase tudo. Transcendentalmente, estamos zerados, no fundo do poço. O conforto matou essencialidades, tradições e virtudes. Alegrias, sorrisos e bem estar não podem ficar restritos aos shoppings, mesas fartas, celulares, videogames. Riquezas, facilidades, o tudo de graça, empedraram o afeto, a gratidão, a retidão, o amor a Deus e ao próximo. O coronavírus covid-19 mostrou que a humanidade beira a escuridão, o abismo, o fracasso. Para mim, escola, lar, igreja, convivências e relacionamentos virtuais possuem todas as propriedades para regenerar, dignificar e humanizar o ser desumano.
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Pedro Antônio Bernardi, Mestre em Educação – Gestão de Instituições de ensino, jornalista, economista, palestrante.
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