CIENTISTAS DESCOBRIRAM UM NOVO SINAL DE ALERTA PARA ALZHEIMER, E ELE TEM A VER COM SEU SONO

Por Larissa Carvalho

depositphotos.com / AllaSerebrina

Estudos recentes têm apontado que a qualidade do sono, especialmente a fase do sono REM, pode estar relacionada ao desenvolvimento de condições neurodegenerativas como o Alzheimer. A preocupação com a saúde cerebral tem levado especialistas a investigar não só o que acontece durante o descanso noturno, mas também como padrões específicos de sono podem funcionar como sinais de alerta precoce para doenças cognitivas.

O Alzheimer, identificado por alterações na memória e no comportamento, afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ainda assim, muitos fatores que influenciam o seu surgimento permanecem pouco compreendidos. Entre esses fatores, a rotina do sono e, sobretudo, o tempo necessário para atingir o sono REM vêm recebendo atenção por parte da comunidade científica.

Qual é o papel do sono REM e por que ele importa para o cérebro?

A fase do sono REM, caracterizada por movimentos rápidos dos olhos e pelos sonhos mais vívidos, desempenha uma função essencial nos processos de aprendizado e fixação de memórias. Durante essa etapa, o cérebro realiza uma espécie de “limpeza”, consolidando informações importantes do dia e fortalecendo conexões neurais. Pesquisadores sugerem que alterações no início ou duração dessa fase podem impactar diretamente a saúde mental ao longo dos anos

Existe relação entre sono e Alzheimer?

No decorrer das investigações, percebeu-se que indivíduos que apresentavam um maior tempo para entrar no sono REM possuíam mais biomarcadores relacionados ao Alzheimer. Esses marcadores ajudam a entender as mudanças cerebrais antes mesmo do aparecimento dos sintomas da doença. Embora ainda sejam necessários mais estudos para confirmar a relação direta, há evidências de que pessoas com padrões de sono desregulados têm mais propensão a desenvolver comprometimento cognitivo.

A presença de distúrbios do sono é comum em pessoas com quadros iniciais de demência.

Alterações na arquitetura do sono podem indicar risco aumentado para doenças neurodegenerativas.

Monitorar a qualidade do sono pode ser útil na detecção precoce de problemas de memória.

depositphotos.com / AllaSerebrina
pessoa dormindo. 

Como melhorar o sono REM e proteger a saúde cerebral?

Garantir noites de sono de boa qualidade é uma das recomendações mais frequentes para preservar as funções mentais. Embora não seja possível controlar diretamente quanto tempo cada pessoa permanece em sono REM, adotar hábitos saudáveis contribui para o equilíbrio de todas as fases do sono.Estabelecer horários regulares para dormir e acordar, mesmo nos finais de semana.

Reduzir o consumo de cafeína e álcool, principalmente próximo ao horário de dormir.

Engajar-se em atividades físicas regularmente, preferencialmente pela manhã.

Criar um ambiente favorável ao sono, diminuindo luzes e ruídos antes de deitar.

Evitar o uso frequente de medicamentos para dormir sem indicação médica.

Quais ações ajudam a diminuir o risco de Alzheimer?

As causas do Alzheimer ainda não são totalmente compreendidas, mas existem recomendações científicas para diminuir os fatores de risco. Além de cuidar do sono, pequenos ajustes no cotidiano podem fazer diferença ao longo dos anos.

Praticar exercícios físicos regularmente.
Controlar a pressão arterial e o diabetes.
Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Buscar tratamento para perda auditiva.
Adotar uma alimentação balanceada.

O acompanhamento médico frequente, especialmente diante de dificuldades para dormir, é indicado para investigar possíveis causas e receber orientação adequada. 

Estudos continuam em andamento para aprofundar a compreensão sobre a ligação entre sono REM e Alzheimer. Enquanto não há respostas definitivas, investir em qualidade de vida e manter uma rotina equilibrada segue sendo uma das principais estratégias para promover a saúde cerebral a longo prazo.

https://www.correiobraziliense.com.br/cbradar/
GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

Postar um comentário

0 Comentários