BOLSONARISTA PRESO POR 18 ATAQUES A ÔNIBUS EM SP DISSE QUE ''QUERIA CONSERTAR O BRASIL''

Paulo sofreu dezenas de ataques a ônibus nas últimas semanas. O autor de pelo menos 18 foi identificado: trata-se do servidor bolsonarista Edson Aparecido Campolongo, que ganha um salário de mais de R$ 11 mil por mês e usava as redes para promover ódio contra Lula e Alexandre de Moraes e esbravejar contra o "comunismo"


Um servidor público de 68 anos, identificado como Edson Aparecido Campolongo, foi preso nesta terça-feira (22), acusado de ser o autor de ao menos 18 ataques a ônibus na região metropolitana de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, ele confessou os crimes durante interrogatório e afirmou que pretendia “tirar o país do buraco”, embora tenha reconhecido que “fez merda”.

Edson é motorista da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) há mais de 30 anos e ganha R$ 11 mil por mês. De acordo com as investigações, ele utilizava estilingues e bolas de aço para danificar ônibus em diferentes pontos da Grande São Paulo. Os alvos, segundo a polícia, eram escolhidos aleatoriamente. Parte do material usado nos ataques foi adquirida em 2023.

As autoridades também identificaram a participação do irmão de Edson, Sérgio Aparecido Campolongo, de 56 anos, em pelo menos duas ocorrências. Sérgio está foragido. A Justiça decretou a prisão preventiva de ambos.

A polícia chegou até Edson após rastrear um veículo Volkswagen Virtus branco, flagrado por câmeras de segurança nos locais dos ataques. O carro pertence à frota oficial do governo de São Paulo e era utilizado por ele para o deslocamento entre São Bernardo do Campo e a capital.

Com a prisão, o número de detidos relacionados aos ataques chega a 15. As investigações são conduzidas pela Seccional de São Bernardo do Campo.


Nas redes sociais, Edson mantinha um perfil com publicações frequentes contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Dois dias antes da prisão, ele ainda compartilhava vídeos em sua conta no Facebook.

Segundo o delegado Domingos Paulo Neto, responsável pelo caso, Edson declarou, durante o depoimento, que os ataques tinham motivações políticas, mas admitiu que sua conduta foi equivocada.

A polícia segue em busca de Sérgio Campolongo e apura se outras pessoas participaram da série de ataques.


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