GOLEIRO DA ''MÁQUINA TRICOLOR'' E ÍDOLO DO FLUMINENSE, FELIX SERÁ HOMENAGEADO NO CANAL FLU PRESS

Celebração dos 50 anos da Máquina Tricolor reunirá Paulo Victor e Pati Venerando para relembrar a trajetória de Felix, o lendário goleiro do Fluminense dos anos 70

                                                                                                     acervo @goleirofelix_70oficial
                     Foto: Copa do Mundo 1970  


Lucio Massafferri Salles*, Pragmatismo Político


Nesta terça-feira, 10 de junho, às 20h, o canal Flu Press promoverá uma homenagem ao inesquecível Felix Mielli Venerando, o “Gato Felix“, um dos maiores goleiros da história do Fluminense.

O programa “50 anos da Máquina Tricolor” contará com a presença de Pati Venerando, filha do ídolo, e do ex-goleiro do Fluminense e da seleção brasileira Paulo Victor, tri-campeão carioca (1983-1985) e campeão brasileiro (1984). Juntos, eles reviverão memórias, curiosidades, histórias e a importância de Felix para o Fluminense e o futebol brasileiro.


Felix nasceu no dia 24 de dezembro de 1937, no bairro da Mooca, em São Paulo. Começou sua carreira nas ruas de paralelepípedos e times de várzea antes de se profissionalizar no Juventus-SP.
Em 1955, foi contratado pela Portuguesa de Desportos (SP), onde se tornou ídolo e até marcou um gol em uma goleada de 12×1 sobre o Massachusetts (EUA).
Sua transferência para o Fluminense, em 1968, foi um marco.
Indicado por Telê Santana e adquirido por 150 mil cruzeiros mais o jogador “Cabralzinho”, meia – direita do Fluminense, Felix rapidamente se firmou como um dos pilares do Fluminense e da lendária Máquina Tricolor, ao lado de craques como Rivelino, Carlos Alberto Torres, Marco Antônio e Paulo Cézar Lima (“Cajú”), entre outros.


Canal Flu Press 🇭🇺 – Felix (50 anos da Máquina Tricolor)

Apelidado carinhosamente pelos companheiros como “Papel“, pela leveza sempre fluente de seus movimentos, e de “Mochila” por Rivelino (por certo em razão de sua pronunciada corcunda), Felix era um líder dentro e fora de campo.
Suas defesas espetaculares, no Fla-Flu da final de 1969 e na Final do Carioca de 1971 em que ele voou no ângulo para evitar um gol de falta do Botafogo, ficaram registradas para a história.

Felix consagrou-se como o goleiro titular da Seleção Brasileira tri-campeã mundial no México em 1970, na campanha histórica daquela que é considerada a maior seleção de todos os tempos, ao lado de Pelé, Gérson, Jairzinho, Tostão, Rivelino e Carlos Alberto Torres, entre outros.

Pelo Fluminense, Félix disputou 319 jogos e conquistou 5 Campeonatos Cariocas (1969, 1971, 1973, 1975, 1976), 4 Taças Guanabara (1969, 1970, 1971, 1975), o Campeonato Brasileiro de 1970 (o mais disputado da história), o Torneio de Paris (1976) e a Teresa Herrera (1977).

Amanhã será uma noite especial. O programa “50 anos da Máquina Tricolor” começará às 20 horas.

Não perca esse encontro!

*Lucio Massafferri Salles é jornalista, cronista esportivo, psicólogo e professor da rede pública de ensino/RJ. Doutor e mestre em filosofia pela UFRJ, especialista em psicanálise pela USU, realizou o seu estágio de Pós-Doutorado em Filosofia Contemporânea na UERJ. É criador do canal FluPress (YouTube).


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Os 50 anos da Máquina Tricolor, que só a torcida relembra
Uma história de títulos e craques que merece ser reverenciada pelo futebol brasileiro
Por André Lobão
Escrito em Opinião

                                                                        Fluminense e a Máquina tricolor. Fluminense
                
Rivelino, a estrela da companhia

O ano de 2025 marca os 50 anos da "Máquina Tricolor", termo criado para denominar o super elenco criado pelo Fluminense sob a gestão do então presidente do clube, Francisco Horta que contratou em três anos mais de 20 jogadores entre os anos de 1975 e 1977, renomados e com passagens pela seleção brasileira , tendo como destaque o craque Rivelino, contratado, no início de 1975, junto ao Corinthians por e por Cr$ 3 milhões de cruzeiros (cerca de R$ 2 milhões) e a renda dividida de dois amistosos, com Riva estreando em um sábado de Carnaval, 8 de fevereiro, no Maracanã, marcando três gols, diante de 40 mil pessoas.

O craque após a perda do titulo paulista de 1974, do Corinthians para o Palmeiras, foi praticamente escorraçado do Parque São Jorge.

Em realidade Rivelino não foi o primeiro a ser contratado, a montagem do time começou com a contratação de jogadores como Zé Mário, vindo do Flamengo, Paulo Cesar Caju, contratado junto ao Olimpique de Marselha e Mário Sérgio contratado ao Vitória da Bahia.

                                                                                       Reprodução Revista Manchete

Os craques que passaram pela Máquina

Os craques da Máquina Tricolor foram: Félix, Renato, Nielsen, Wendell, Edinho, Assis, Miguel, Abel, Carlos Alberto Torres, Toninho, Rodrigues Neto, Marco Antônio, Zé Mário,Rubens Galaxe, Marinho Chagas, Toninho Baiano, Cléber, Pintinho, Rivelino, Dirceu, Paulo Cesar Caju, Doval, Mario Sérgio, Zé Roberto e Gil, uma praticamente seleção brasileira com a camisa do Fluminense.

Bicampeão carioca e passando por cima dos papões do futebol mundial

O super time tricolor conquistou o bicampeonato carioca em 1975/76, e torneios internacionais importantes como Paris (1976), Copa Viña del Mar (1976) e Teresa Herrera (1977) .

O elenco tricolor realizou amistosos importantes como na partida em que obteve uma vitória de 1x0 contra o Bayern de Munique dos craques Beckenbauer, Müller e Sepp Mayer, em 1975, no Maracanã, base da seleção da Alemanha Ocidental, que ganhou a Copa do Mundo de 1974.

A Máquina Tricolor também ficou no quase lá , quando caiu nas semifinais dos campeonatos brasileiros de 1975/76, sendo neste último ano na famosa partida da chamada "invasão corinthiana", quando foi eliminado pelo Corinthians nos pênaltis, diante de um Maracanã lotado, dividido meio a meio com a torcida do time do Parque São Jorge.

O resgate da Máquina Tricolor

O fato é que nos 50 anos da formação do marcante elenco tricolor carioca, o próprio Fluminense não divulgou nenhuma iniciativa para celebrar uma época tão marcante de sua história de mais de 120 anos.

Diante disso, já que a direção do clube, até o momento, não divulgou qualquer programação de eventos ou ações para celebrar a Máquina Tricolor, torcedores e youtubers estão tomando a iniciativa de realizar entrevistas com ex-jogadores que atuaram no período como é o caso de Lúcio Massafferri, professor e pesquisador de Filosofia e também jornalista, proprietário do Canal Flu Press, no Youtube e também no Instagram. Lúcio diz que a história do Fluminense é uma fonte inesgotável de sua torcida e do futebol brasileiro.

"O campo da percepção é determinante para que tomemos consciência de que somos sujeitos de nosso tempo, inseridos em um contexto histórico próprio. A memória é, talvez, a mais importante das funções psicológicas superiores. Sem memória, não sabemos nosso nome, não conseguimos voltar para casa. A história do Fluminense é um mar inesgotável de memória viva, que enlaça o início, a raiz, com o hoje e as possibilidades do amanhã", reflete.

Lúcio relembra como o time do Flu assombrou a midia européia no Torneio de Paris,

"A Máquina de 1976 dobrou os europeus, reunidos em uma seleção. O mundo, a Europa reverenciava o melhor futebol do planeta, disparado, praticado por um time. Foi algo como, se hoje, um time dobrasse por 3 a 1, jogando o fino, uma seleção de gringos feitas pelo City, United, Bayern, PSG, Milan, Juventus, Porto, Benfica, Celtic, Real Madrid, Barcelona" lembra o prof., fazendo referência ao time que ganhou o Torneio de Paris, em uma final contra uma seleção composta pelos melhores jogadores europeus da época, como Petrovic (antiga Iugolavia), Suurbier (Holanda) Van Hannegen (Holanda), Six (Franca) e Rensenbrink (Holanda). em 24 de junho de 1976, no estádio Parc des Princes.

Entrevistas com o craques tricolores

Na série de entrevistas, o Flu Press já conversou com craques da Máquina Tricolor como Edinho, Pintinho, Gil, Zé Roberto , Rubens Galaxe, entre outros ex-jogadores.

A partir de 1977, a Máquina Tricolor começou um processo de desmonte, quando Francisco Horta começou uma modalidade de negociação de jogadores chamada "troca-troca", em que time de futebol trocavam jogadores entre si, sem que seja configurada a venda e compra de jogadores por valores monetários, e ao final de 1978, o elenco foi inteiramente desmontado, tendo como destaque a saída de Rivelino para o futebol árabe.

Ex-jogador, formado no próprio Fluminense, Zé Roberto, ex-ponta-esquerda e, hoje jornalista e escritor, lançou em 2021 um livro em que reuniu 50 crônicas sobre o período em que foi jogador. Em "Confesso que escrevi", Zé Roberto narra suas memórias no período da Máquina Tricolor e de seu período no Flamengo, clube jogou após um troca-troca promovido por Horta, quando o time do bairro das Laranjeiras ficou com o centroavante Doval, o goleiro Renato e o lateral-esquerdo, Rodrigues Neto, que atuou pela seleção brasileira na Copa de 1978, tendo o Flamengo ficado ainda com Toninho Baiano, titular da seleção tambem em 1978, e o então promissor goleiro tricolor Roberto de Oliveira.

Lembrar da Máquina Tricolor é resgatar a memória de um período marcante da história do Fluminense, e sobretudo, futebol brasileiro, quando este ainda impunha respeito em outras épocas.

Fonte: FluminenseFC e arquivos Globo, JB


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