MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA DEPUTADO ESTADUAL GILBERTO RIBEIRO POR NEPOTISMO

Defesa disse que não tinha conhecimento da denúncia e que só se manifestará após o parlamentar ser notificado. Deputado do Paraná já é réu na Justiça por peculato e concussão.

Por g1 PR e RPC — Curitiba


Deputado estadual do Paraná Gilberto Ribeiro (PL) está no quarto mandato — Foto: RPC Curitiba

O deputado estadual Gilberto Ribeiro (PL) virou alvo de mais uma denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), desta vez por nepotismo.

A irregularidade apontada pelo Ministério Público envolve a contratação pelo deputado de dois casais para cargos comissionados.

Na ação de improbidade administrativa, apresentada no mês passado, os promotores afirmam que terem identificado que os dois casais têm amplo poder decisório em relação às contratações, gastos e funcionamento daquele gabinete e dos setores em que o deputado ocupa função representativa.

O MP-PR pede a exoneração imediata de pelo menos um dos cônjuges dos casais e que cada um devolva entre R$ 300 mil e R$ 450 mil aos cofres públicos.

A pena sugerida ao deputado é ainda maior: a devolução de R$ 1,6 milhão - a soma do valor a ser ressarcido pelos quatro servidores -, além da suspensão dos direitos

Na ação, o MP-PR cita que instaurou diversos procedimentos investigatórios, cíveis e criminais, para apurar supostas irregularidades envolvendo o deputado estadual desde primeiro mandato dele, em 2011.

A Justiça ainda não analisou o pedido do Ministério Público.

A defesa de Gilberto Ribeiro disse que não tinha conhecimento da denúncia e que só vai se manifestar depois que o deputado for notificado oficialmente da existência da ação. A RPC não conseguiu contato com as defesas dos quatro funcionários citados.

Deputado já é reu


Gilberto Ribeiro responde por outros crimes na Justiça. Ele é réu por peculato, que é a apropriação de recursos públicos, e concussão - extorsão praticada por servidores públicos.

A suspeita é que o deputado tenha contratado funcionários fantasmas e feito a chamada "rachadinha", quando o parlamentar fica com parte dos salários dos servidores do gabinete.

Como deputado, Gilberto Ribeiro tem foro privilegiado, e o caso está sendo analisado pelos desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

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