AOS 91 ANOS, IDOSO DESISTE DE APOSENTADORIA PARA ABRIR BARBEARIA:'SOU FELIZ DEMAIS PARA PARAR'

Bob Rohloff iniciou a carreira como barbeiro em 1948, como ajudante do pai. Desde então, empreendeu e trabalhou para outras pessoas, mas sempre quis ter o próprio negócio no seu lugar favorito no mundo

Por Redação

Bob Rohloff, de 91 anos, segue trabalhando como barbeiro — Foto: Acervo Pessoal/Mark Karweick

Nunca é tarde para realizar os seus sonhos. O barbeiro Bob Rohloff é a prova viva disso: aos 91 anos, ele abriu o próprio negócio no seu lugar favorito no mundo, em Hortonville, no estado de Wisconsin, Estados Unidos. A barbearia Bob’s Old Fashioned foi inaugurada em junho.

Rohloff começou a cortar cabelo em 1948, como auxiliar do seu pai, Erv, que exercia a mesma profissão. Ele fez um curso profissionalizante antes de abrir duas barbearias no estado de Wisconsin. Em 1990, mudou-se para o Arizona e seguiu trabalhando na área por 18 anos.

Nesse período, ele chegou a se aposentar, mas mudou de ideia meses depois porque sentia falta do clima da barbearia e das conversas que tinha com os clientes. “Se aposentar não é fácil. É preciso se manter ativo, seja trabalhando ou com um hobby, e eu gostava muito do meu trabalho. É divertido vir para a barbearia, eu gosto do que eu faço e me sinto bem, então por que parar?”, disse em entrevista à CNBC.

Após retornar ao Wisconsin, em 2010, Rohloff conseguiu emprego em uma barbearia, mas o desejo de empreender novamente seguia forte. Até que, em março deste ano, Mark Karweick, também barbeiro, entrou no salão buscando oportunidades para voltar para Appleton, sua cidade natal, próxima da região.

Rohloff foi apresentado a ele, e os dois decidiram se tornar sócios. Eles compraram equipamentos de antigas barbearias e levaram cerca de três meses para fazer a abertura oficial do empreendimento. A inspiração para a decoração foram as antigas barbearias. “Queremos manter a tradição viva”, disse o idoso.

Para Rohloff, a melhor parte de se manter ativo é conhecer novas pessoas. “Não são apenas clientes, eles se tornam amigos. Temos clientes que nos trazem verduras de suas fazendas ou comida caseira. Isso não acontece nas cidades grandes”, afirma.

E não são apenas novos clientes atendidos na barbearia. Alguns deles cortavam o cabelo com Rohloff quando eram crianças. Por não morar mais na cidade, o barbeiro trabalha apenas às quintas e sextas. Ele diz que não consegue imaginar a vida sem a barbearia e que só vai se aposentar quando não conseguir mais trabalhar. “Sou feliz demais para parar”, finaliza.

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