PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL É ACUSADO DE DESVIO DE DINHEIRO

Valor desviado está entre US$ 300 e US$ 500 mil para diversas instituições financeiras. O chefe do Banco Central nega as acusações. Veja!

Autor Rafaela Medolago 

O presidente do Banco Central do Líbano é acusado de desviar um valor entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões para destinar a 12 instituições financeiras da Suíça. Segundo informações publicadas pelo jornal SonntagsZeitung, cerca de US$ 250 milhões foram depositados na conta 

Para isso, foi usada uma offshore, criada em 2001, localizada nas Ilhas Virgens Britânicas. Os bancos envolvidos no caso são Credit Suisse, UBS, Pictet, EFG e Julius Baer. Além disso, valores expressivos foram transferidos para a compra de imóveis em países da Europa.

Riad Salameh, chefe do Banco Central, está nos centros de diferentes investigações por lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. Um processo penal foi iniciado pelo Ministério Público em 2020, mas não foi concluído até o momento.
Presidente do Banco Central e a situação atual do Líbano

Riad Salameh tem 72 anos e é presidente do Banco Central do Líbano desde 1993. De acordo com dados do Banco Mundial, o país se encontra em uma das piores crises econômicas do planeta, em uma condição que não era vista desde 1850.

Seu irmão, Raja Salameh, e uma ex-colaboradora também são suspeitos de desvio de dinheiro. Contudo, o presidente nega todas as acusações.

A situação está relacionada a uma elevação da inflação diante da escassez de diversos produtos, desvalorização da moeda local e empobrecimento da população.

Crise financeira

A crise libanesa foi iniciada em setembro de 2019, quando a população passou a desconfiar do sistema político e bancário e correu para retirar os valores dos bancos. Neste momento, foi descoberto que os investimentos eram conjuntos com o Banco Central, incapaz de reembolsar todo o dinheiro envolvido.

Além disso, vale lembrar que o Líbano é um país altamente dependente de importações das mais variadas categorias de produtos, inclusive de bens essenciais libaneses. Assim, diante da crise, a atividade ficou impossibilitada e a situação ficou ainda pior.


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