PERSEGUIÇÃO POLÍTICA A CRISTINA KIRCHNER


Correio Brasiliense (Imagem)

Nesta semana recebemos a notícia de que a vice-presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, que foi condenada a 6 anos de prisão e sendo inabilitada a se candidatar para cargos públicos para o resto da vida. O detalhe importante aqui é que ela não vai ser presa, como tentaram meses antes em que ela foi condenada diversas outras vezes.

Vale deixar claro que a condenação, segundo o jornal argentina La nación, pode demorar anos para que o processo entre em vigor, por isso a ex-presidenta, poderá nos próximos anos se candidatar aos cargos públicos que deseje, mesmo ela afirmando que não vai ser mais candidata a nada. Isso ocorre, porque segundo a Corte Judicial do país, para que passe por todas as instâncias a condenação, o que é importante nesse caso, levará alguns anos.

Em 22 de agosto de 2022, o presidente Alberto Fernández em conjunto com Cristina Fernández alegou perseguição midiática e judicial a vice-presidente da nação argentina, o que poderia chegar a algo mais extremo, como vimos nos dias recentes.

A exemplo do que houve com Luís Inacio Lula da Silva no Brasil, que foi condenado a cinco anos de prisão para que não participe das eleições presidenciais de 2018, a condenação do ex-presidente do Equador, Rafael Correa, que vive hoje na Bélgica não podendo voltar ao seu país natal e ao ex-presidente Evo Morales do Bolívia, que pode voltar, mas que tem medo de se aproximar novamente da política nacional após o golpe que sofreu. Este caso parece ser mais uma sucessão de perseguições aos ex-presidentes progressistas da América Latina.

Desta forma, podemos concluir, que está sentença a Cristina Kirchner é mais um resultado das perseguições seguidas dos ex-presidentes latino-americanos que na primeira década do século XXI mudaram o continente e reforçaram a integração entre os países da região e como disse Cristina no discurso de inauguração da cede da UNASUR em Quito: No nos perdonan, pero no importa.

*Danilo Espindola Catalano é escritor, pesquisador e professor de espanhol, dedicado a passar a cultura latino-americana aos seus alunos. Graduado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, pós-graduado em Metodologia do Ensino da Língua Espanhola e Especializando em Educação e Cultura pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais Brasil.

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