A PEDIDO DO MPPR, JUSTIÇA MANDA BLOQUEAR BENS DE EX-VEREADORA DE CURITIBA E SEU COMPANHEIRO , . . .

. . . acionados por prática de “rachadinha”
                                                                                     Arquivo/CMC
        Vereadora Fabiane Rosa (PSD) é acusada de prática de “rachadinha” 

Uma decisão liminar da 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, concedida nesta sexta-feira (22), determina o bloqueio de bens no valor de R$ 1.141.192,56 da ex-vereadora Fabiane Rosa. Ela chegou a ser presa preventivamente no ano passado por suposta prática de “rachadinha”, sob a suspeita de reter parte dos salários de funcionários comissionados.
Fabiane Rosa desde o início das investigações, nega qualquer irregularidade.

A ação foi ajuizada nesta terça-feira, 19 de outubro, e aponta diversos atos ilícitos que teriam sido cometidos pela então vereadora, com auxílio de seu companheiro, como a contratação de funcionário “fantasma” e a prática de “rachadinha”. As investigações apontaram ainda que o companheiro da ex-parlamentar, sem ser servidor da Câmara, teria exercido na prática a função de chefe de gabinete. Ele teria inclusive ameaçado assessores de exoneração caso não participassem da “rachadinha”, chegando a fazer reuniões nas quais – aproveitando-se do fato de ser guarda municipal e ter porte de arma – teria colocado um revólver sobre a mesa como gesto intimidatório.


Ex-assessores denúnciam


Fabiane Rosa foi presa preventivamente pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 27 de julho de 2020 com base em denúncias feitas por ex-assessores que já não integravam mais o gabinete da vereadora na época. Além de supostamente exigir parte dos salários de seus funcionários, Fabiane também teria colocado uma empregada doméstica na folha de pagamento de seu gabinete. Um habeas corpus pedido pela defesa foi negado na Justiça.

Depois de ter sido transferida do Complexo Médico Penal, em Pinhais, Fabiane passou a cumprir prisão domiciliar. Mesmo assim, ela continuou participando das sessões da Câmara de Vereadores de Curitiba.

No começo de setembro de 2020 o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou o afastamento da vereadora de suas funções públicas. A decisão se deu após denúncia de que Fabiane haveria mantido contato com uma das testemunhas do caso das “rachadinhas” em seu gabinete.

Dias depois, a executiva municipal do PSD em Curitiba – que já tinha suspendido preventivamente as atividades partidárias de Fabiane – decidiu, por unanimidade, expulsar a vereadora Fabiane Rosa de seus quadros. Sem partido, ela perdeu o direito de disputar um novo mandato nas eleições de novembro daquele ano.


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