ZOOTECNISTA TEM 100% DO CORPO QUEIMADO AO TENTAR APAGAR INCÊNDIO NO PANTANAL

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Luciano morreu nesta quarta-feira (Imagem: Amanda Perobelli/Reuters)

Zootecnista morre após ter 100% do corpo queimado no Pantanal. Ele tropeçou e ficou preso enquanto tentava apagar incêndio

Um zootecnista teve 100% do corpo queimado durante um incêndio em uma fazenda às margens da BR-070, a 220 km de Cuiabá (MT). O incidente aconteceu na tarde de domingo (6).

Segundo informações, Luciano da Silva Beijo, de 36 anos, e outros dois funcionários que trabalham na fazenda tentaram conter as chamas, mas foram surpreendidos por uma rajada de vento muito forte que propagou o fogo.

O fogo ‘saltou’ para o outro lado da estrada e se alastrou no pasto da fazenda. Todos correram, mas Luciano tropeçou, ficou preso e foi alcançado pelas chamas.

Ele foi sorrido por outros funcionários e encaminhado ao pronto em estado grave no Hospital Regional de Cáceres com quase 100% do corpo queimado. A morte de Luciano foi confirmada na manhã desta quarta-feira (9).

Ainda conforme a direção da fazenda, toda a assistência está sendo oferecida à família e ao funcionário.

Incêndios provocados

Os incêndios que atingem a região do Pantanal mato-grossense há cerca de dois meses foram provocados por pessoas, segundo apontam perícias feitas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT).

As perícias identificaram queima de pasto, fogo em raízes de árvore para retirar mel de abelha e incêndios em máquina agrícola e em veículo.

Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) para a abertura de inquérito e responsabilização dos infratores.

A perícia fez um estudo e analisou imagens de satélite para auxiliar na identificação da origem do incêndio. A plataforma permite o registro diário, assim como a identificação dos focos.

Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (RPPN), em Barão de Melgaço, a causa do incêndio foi dada como queima intencional de vegetação desmatada para criação de área de pasto para gado.

A equipe foi até o local com uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e constatou o uso de madeiras, palanques de cerca e rodeios para o gado. Próximo a este local, a equipe também encontrou galões de óleo diesel que aparentavam ter sido utilizados para incendiar as pilhas de material vegetal derrubado.

Já na Fazenda Espírito Santo, uma máquina agrícola que fazia limpeza de área com enleiramento (parte do processo da junção do material que formará o feno) pegou fogo e deu início ao incêndio na região.

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