PESQUISA COLABORATIVA TRAZ NOVO ENFOQUE À QUESTÃO DA DEPRESSÃO

Quando é que vamos tomar as rédeas do problema da depressão?

Pesquisa colaborativa traz novo enfoque à questão da depressãoDe todas as doenças graves, físicas ou mentais, a depressão tem se mostrado uma das mais difíceis de derrotar. 

Apesar da variedade de medicamentos antidepressivos – hoje há 26 deles – apenas um terço dos pacientes com depressão grave experimentam uma remissão completa após a primeira rodada de tratamento, e tratamentos sucessivos com medicamentos diferentes trazem algum alívio para apenas 20 a 25 por cento deles.

Cerca de 30 por cento das pessoas com depressão têm algum grau de resistência ao tratamento. E, quanto maior o grau de resistência, maior será a probabilidade de uma recaída no futuro, mesmo se o paciente continuar a tomar o medicamento.

Embora tenhamos aprendido muito sobre a depressão – por exemplo, a recente pesquisa que mostra que o sucesso do tratamento da insônia em pacientes deprimidos basicamente duplica a sua reação a uma droga como o Prozac – ainda não entendemos qual é a sua causa fundamental. A velha ideia de que a doença resulta da deficiência de um único neurotransmissor como a serotonina ou a dopamina é claramente simplista e equivocada.

Talvez psiquiatras e neurocientistas tenham algo a aprender com a bem-sucedida caça ao bóson de Higgs.

Claro que uma doença debilitante não tem nada em comum com uma partícula subatômica, exceto o fato de que ambas são misteriosas e difíceis de compreender. Entretanto, foram essas qualidades que inspiraram equipes internacionais de cientistas a trabalhar juntas por anos, até que finalmente identificaram o bóson de Higgs no ano passado.
GAZETA SANTA CÂNDIDA,
JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

Postar um comentário

0 Comentários