Redução na energia terá impacto na inflação, diz Mantega
Ele negou que haja intenção do governo de aproveitar o impacto da medida sobre a inflação para aumentar o preço dos combustíveis
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que a
redução do custo de energia, anunciada pela presidente Dilma Rousseff, é
fundamental para o País e beneficiará todos os setores, como indústria,
comércio e agricultura. Além disso, segundo o ministro, vai permitir
que o consumidor tenha uma sobra de recursos para fazer outras
aquisições.
Mantega informou que o
impacto desinflacionário da medida será de 0,50 a 1 ponto porcentual. O
ministro disse que o cálculo inclui impacto direto e indireto da redução
do custo da energia sobre a inflação. "Será muito importante para 2013,
que somada a outras medidas de desoneração vão permitir a redução do
preço e a redução do custo no País. Estamos numa cruzada no Brasil para
reduzir os custos", afirmou o ministro.
Ele negou que haja intenção do governo de aproveitar o impacto da
redução da energia na inflação para aumentar o preço dos combustíveis,
especialmente da gasolina. "Não tem nada a ver um com o outro. Não está
no horizonte", disse o ministro Mantega disse ainda que a queda no
custo da produção permitirá elevar os investimentos e o consumo. O
ministro afirmou que em 2013, o Brasil será um dos poucos países no
mundo com crescimento econômico acima de 4%. O ministro não deu
detalhes, mas informou que novas medidas de estímulo ainda serão
anunciadas.
Custo Brasil
Já o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa,
disse que a medida ataca o Custo Brasil, e que os empresários vão
repassar essa queda do custo de energia para os preços. Assim como
Mantega, ele projeta uma queda no IPCA de 0,5 a 0,6 ponto porcentual,
como impacto direto da redução do preço da conta de energia para o
consumidor.
Ele acredita também que o pacote de hoje poderá ajudar a reduzir a
inflação por meio da diminuição de outros custos para empresas e
consumidores. Citou como exemplo a tarifa de condomínio, que embute o
gasto de energia.
Para Barbosa, a concorrência no mercado vai fazer com que esse ganho
da indústria seja transferido para os preços nos setores mais
competitivos e de maneira mais rápida.
Disse que setores mais intensivos de uso de energia, como siderurgia,
setor químico, petroquímico e de máquinas e equipamentos tendem a
transferir mais rapidamente esse corte de custo de energia para seus
produtos.
Ele prevê que o pacote de energia vai impactar no crescimento
econômico já em 2013, porque o corte na tarifa equivale a uma redução na
taxa de juros e aumenta a renda disponível das famílias e das empresas.
"Uma das grandes preocupações dos empresários é o fato do Custo Brasil
ser muito alto. E essa redução do preço da energia ataca justamente o
Custo Brasil", observou.
Agência estado
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