Abaixo-assinado reúne 1,5 milhões de assinaturas contra alterações ao Código Florestal

Representantes do Comité de Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável apresentaram hoje um abaixo-assinado com 1,5 milhões de assinaturas contra as alterações do projecto do novo Código Florestal do Brasil.
O documento foi entregue ao secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, publicou a Agência Brasil. O comité responsável pela recolha das assinaturas reúne organizações como o Greenpeace, o WWF Brasil e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras. Além de entregarem a petição, os ambientalistas exigiram a mobilização dos partidos que apoiam o governo para impedir a aprovação de um texto que prejudique a preservação ambiental.

A ex-ministra brasileira do Ambiente, Marina Silva, frisou que os partidos que apoiam o governo precisam de se mobilizar para "fazer prevalecer os compromissos assumidos pela Presidente" Dilma Rousseff. "Isso até agora não aconteceu, como tínhamos expectativa", disse a ex-ministra e também candidata às eleições presidenciais de 2010, reforçando que a mobilização sempre acontece quando o assunto é do interesse do governo.

O Senado brasileiro deverá votar amanhã o projeto que altera a legislação de proteção das florestas. O texto original sofreu várias modificações durante a sua passagem pela Câmara dos Deputados para atender às reivindicações dos produtores rurais, o que gerou protestos entre os ambientalistas. Caso os senadores não atendam às reivindicações, os ambientalistas voltarão à sua campanha para pressionar Dilma Rousseff a vetar os pontos da lei considerados prejudiciais para o meio ambiente.

Entre os aspetos criticados estão a redução das áreas de preservação permanente nas ribeiras e a não punição aos agricultores que destruíram floresta até 2008. Os produtores rurais, porém, argumentam que a legislação brasileira de preservação ambiental é uma das mais rigorosas do mundo, o que lhes tira competitividade
por Lusa DN  - Portugal
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