GRETA THUNBERG DIZ QUE ISRAEL PRENDEU EM CELA 'INFESTADA DE PERCEVEJOS'

Do UOL, em São Paulo


A ativista Greta Thunberg disse às autoridades suecas que está sendo tratada de forma severa sob custódia de Israel. Ela foi detida esta semana em uma operação da marinha israelense que barrou uma flotilha que tentava levar ajuda a Gaza.

O que aconteceu

Situação foi descrita numa correspondência. Segundo o documento, relatado pelo The Guardian, outro detido afirmou que as forças israelenses forçaram a ativista a segurar bandeiras para tirar fotos dela. Não se sabe quais bandeiras seriam.

Cela estaria cheia de percevejos. Uma autoridade visitou a ativista na prisão e disse que ela relatou estar detida em uma cela infestada dos insetos, com pouca comida e água. O e-mail visto pelo jornal britânico foi enviado pelo Ministério das Relações Exteriores da Suécia a pessoas próximas de Greta.

Segundo a mensagem, a embaixada conseguiu visitar a ativista. "Ela informou sobre desidratação. Recebeu quantidades insuficientes de água e comida. Ela também afirmou ter desenvolvido erupções cutâneas que suspeita terem sido causadas por percevejos. Ela falou de tratamento severo e disse ter ficado sentada por longos períodos em superfícies duras", diz o documento.

Greta estava entre as 437 pessoas da flotilha. O grupo formado por ativistas, políticos, jornalistas e personalidades compõem a chamada Global Sumud Flotilla", formada por mais de 40 embarcações que transportam ajuda humanitária para romper o bloqueio marítimo de 16 anos imposto por Israel a Gaza.

Entenda o caso

Flotilha Global Sumud ("resiliência" em árabe) zarpou em setembro de Barcelona levando a bordo ativistas e personalidades políticas. Os grupos viajaram em embarcações separadas e chegaram perto das águas do enclave no começo de outubro, após um mês de viagem.

Na quarta-feira (1º), a Marinha israelense começou a interceptar embarcações. Entre os ativistas detidos estavam representantes do Brasil, Argentina, México e Espanha. A ativista sueca Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila, a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau e Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela, também estavam nas embarcações.

Fotilha afirma que tem intenção de transportar ajuda para o território palestino que, segundo a ONU, sofre com a fome extrema. No entanto, Israel impõe um bloqueio naval no entorno do território, onde há quase dois anos seu exército trava uma guerra contra o movimento islamista palestino Hamas, iniciada após o ataque de 7 de outubro de 2023.

O ataque do grupo extremista em 7 de outubro de 2023 provocou a morte de 1.219 pessoas em Israel. A maioria das vítimas é composta por civis, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais.

A ofensiva israelense em represália matou pelo menos 66.225 pessoas na Faixa de Gaza, também civis na maioria. Os dados são do Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas, que a ONU considera 

GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

Postar um comentário

0 Comentários