CÂMERA REGISTRA MOMENTO MAIS QUE ÍNTIMO ENTRE O DEPUTADO DE DIREITA TH JOIS E UM DOS PRINCIPAIS TRAFICANTES DO CV

Deputado de direita é flagrado mantendo relação sexual com um dos principais líderes do CV. Nas redes, parlamentar aparecia em cultos religiosos, falava em Deus e dizia defender a "ordem" e a "moral". Investigação aponta que a PF não apenas desmantelou um dos maiores esquemas de corrupção do RJ, que contava com PMs da ativa e movimentou R$ 140 milhões, mas também revelou a improvável mistura de crime organizado, poder político e paixão secreta

TH Joias e Índio


Felipe Borges
Pragmatismo Político

A Operação Zargun, conduzida pela Polícia Federal em parceria com a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), não apenas desmontou um dos maiores esquemas de tráfico, corrupção e lavagem de dinheiro do estado, mas também revelou uma conexão inesperada entre crime organizado, poder político e uma relação pessoal secreta.

As investigações chegaram a imagens registradas por câmeras de segurança instaladas em uma residência no coração do Complexo do Alemão, território dominado pelo Comando Vermelho (CV). Nos vídeos, o ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, aparece em momentos íntimos com Gabriel Dias Oliveira, o Índio, apontado como um dos principais líderes da facção.

Entre cultos e encontros clandestinos

As cenas contrastam com a imagem pública cultivada por TH Joias. O político de direita fazia aparições em cultos religiosos, pregava valores de “ordem” e “moral” e se apresentava como defensor da família. Na prática, as gravações revelam encontros frequentes com o traficante, permeados por gestos de afeto e cumplicidade.

Em um dos registros, Índio aparece deitado em uma cama, de short curto, sorrindo enquanto mexe no celular. Ao lado, o ex-deputado toca sua coxa e se masturba. Outras gravações mostram o traficante enviando vídeos com “beijinhos” e gestos de coração para o político, além de selfies em poses sensuais.

Dinheiro, poder e proteção

As câmeras não foram o único indício da relação. Conversas interceptadas pela PF confirmam que Índio repassou R$ 148 mil a TH Joias, com a promessa de mais R$ 90 mil para um advogado ligado ao grupo, em troca de proteção política e jurídica.

O esquema, segundo os investigadores, movimentou mais de R$ 140 milhões desde 2020, envolvendo tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e contratos públicos fraudulentos. TH Joias, que já havia sido preso por crimes semelhantes em 2017, foi localizado em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, onde mantinha cerca de R$ 5 milhões em espécie.

O braço político do CV

Para a PF, não restam dúvidas de que o ex-deputado atuava como braço político da facção, assegurando influência em comunidades dominadas pelo Comando Vermelho. Enquanto isso, Índio expandia seus negócios ilícitos, movimentando sozinho mais de R$ 120 milhões em cinco anos, com operações no Brasil e no exterior.

Estrutura criminosa dentro do Estado

A Operação Zargun, deflagrada em 3 de setembro, resultou em 15 prisões, entre elas as de três policiais militares e até um delegado da própria PF, capturado no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. O grupo criminoso contava ainda com quatro PMs da ativa, um policial da reserva e um agente do Degase. Eles eram responsáveis por vazar informações sobre operações policiais e realizar escoltas armadas para traficantes.

Índio deve ser transferido para um presídio federal de segurança máxima nos próximos dias.

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