MENINA DE APENAS 11 ANOS É XINGADA DE "PRETA NOJENTA" E ENTRA EM CRISE DE PÂNICO EM ESCOLA

“Elas acabaram com o amor próprio da minha irmã”, disse em tom de revolta a irmã da vítima. Além de ter sido alvo de ataques raciais, a menina ainda foi ameaçada por ter denunciado o caso à direção da escola



via blog do Carlos Carone

Uma aluna de apenas 11 anos da rede pública de ensino do Distrito Federal sofreu uma sequência de ataques racistas cometidos por outras estudantes, da mesma escola, na quarta-feira (2/7). O caso é investigado pela Polícia Civil (PCDF) e tratado como gravíssimo pela Secretaria de Educação.

Cruéis e violentas, as investidas provocaram sintomas graves na criança, que teve forte crise de ansiedade e ataque de pânico. Socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) precisaram ir até o colégio, no Riacho Fundo II, para atender a menina.

As três alunas, entre 12 e 14 anos, passaram a atacar a estudante, sempre fazendo humilhações relacionadas ao cabelo dela. Segundo a irmã da vítima, que terá o nome preservado, as garotas procuravam atingir a autoestima da vítima. “Elas acabaram com o amor próprio da minha irmã, sempre a chamando de ‘cabelo de bucha’, ‘cabelo de pica’ e de preta nojenta”, disse.

Investigação e punição

A irmã da menina atacada revelou, ainda, que a vítima sofreu ameaças de espancamento por ter denunciado o caso à direção da escola. “Os pais delas foram chamados, o que provocou a ira da aluna mais velha, de 14 anos. Ela afirmou que se vingaria e chamaria outras garotas para espancar a minha irmã na saída da aula”, afirmou.

Ao saber do caso, a Secretaria de Educação confirmou os ataques à aluna e decidiu transferir todas as estudantes envolvidas para outras unidades. A vítima foi acolhida, e a família dela escolheu trocá-la de colégio. A corregedoria da pasta também abriu sindicância para apurar se houve negligência por parte da direção da unidade educacional.

Servidores da SEE ainda acompanharam a família da menina até a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA II), onde foi registrada ocorrência de ato infracional análogo à injúria racial e ameaça. O caso segue em apuração na PCDF.

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