ESPANHA DEFENDE PACTO UE-MERCOSUL COMO ESCUDO ANTI-TRUMP

Colaboração para o UOL, de São Paulo

IMAGEM DE ARQUIVO - o primeiro-ministro espanhol, Pedro SanchezImagem: Andrei Pungovschi/AFP

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, disse hoje, em visita ao Uruguai, que a Espanha apoia o acordo comercial entre a UE (União Europeia) e o Mercosul. Para o socialista, essa é "a melhor maneira de nos protegermos do conflito comercial" lançado pelos EUA.

O que aconteceu

Sánchez afirmou acreditar "em um mundo de colaboração". "Vamos criar uma área de livre comércio com 700 milhões de habitantes. Isso envia uma mensagem positiva de entendimento entre blocos comerciais e regiões em um mundo cada vez mais complexo", disse o espanhol, em referência ao acordo comercial UE-Mercosul, que está sendo costurado há anos.

Governo espanhol prefere "solução negociada" para taxas impostas pelos EUA, mas não descarta retaliação. Segundo Sánchez, se um acordo não se viabilizar, "teremos que responder de forma proporcional e firme para defender nossos interesses".

EUA impuseram taxa de 30% para produtos europeus e de 50% para os brasileiros. O anúncio das novas taxas foi feito na primeira quinzena deste mês e elas devem passar a valer a partir de agosto. Enquanto não entram em vigor, os países estão tentando negociar; se não for possível, ameaçam aplicar a reciprocidade contra os EUA.

Ninguém ganha em guerras comerciais. Todos perdemos, incluindo empresas e trabalhadores norte-americanos. Decisões protecionistas injustificadas e injustas como essa destroem oportunidades.Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchéz

Espanhol veio à América do Sul para cúpula progressista

Sánchez viajou para o Uruguai depois de participar de cúpula de líderes de esquerda em Santiago, no Chile. No evento de ontem, além do premier espanhol e dos presidentes uruguaio, Yamandú Orsi, e chileno, Gabriel Boric, os líderes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, estavam presentes.

Governantes advertiram que a democracia "está sob ataque". Eles aproveitaram o encontro para fazer um chamado em defesa da democracia ante a desinformação e os extremismos.

Lula disse que participantes da cúpula concordaram com a "necessidade de regulamentação das plataformas digitais". "A chave para um debate público livre e plural é a transparência de dados e uma governança digital global", disse o brasileiro.

*Com informações da AFP.

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