EM BREVE O CONCEITO DE "SEM COBERTURA" DEIXARÁ DE EXISTIR

. . . a Europa acaba de testar a primeira ligação direta por satélite 5G.

                                              Imagem | ESA

A conexão durou desde o momento em que o satélite surgiu no horizonte até atingir uma elevação máxima de 38 graus

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

A Agência Espacial Europeia (ESA) alcançou a primeira conexão direta mundial de 5G com um satélite em órbita baixa da Terra. Em breve, "ficar sem sinal" poderá se tornar um conceito obsoleto.

Pela primeira vez na história, a ESA e a operadora de satélites Telesat conectaram um satélite à Terra usando tecnologia de rede 5G NTN na faixa de frequência Ka-band.

O Centro Europeu de Pesquisa e Tecnologia Espacial (ESTEC) classificou esse marco como "um passo crucial para tornar as conexões espaciais tão simples quanto usar um celular".

Em detalhes

O laboratório de 5G/6G da ESA, localizado no ESTEC, conseguiu conectar-se ao satélite LEO 3 da Telesat utilizando o padrão 5G. Para isso, foi usada tecnologia da empresa francesa Amarisoft.

A equipe estabeleceu e manteve uma conexão estável com o satélite enquanto ele se movia pelo céu. A conexão durou desde o momento em que o satélite surgiu no horizonte até atingir uma elevação máxima de 38 graus e retornar para o horizonte.

Por que isso é importante?

Embora a empresa espanhola Sateliot já ofereça um serviço de conexão 5G NB-IoT a partir da órbita baixa da Terra, o teste realizado pela ESA, Telesat e Amarisoft marca a primeira implementação da tecnologia 5G NTN diretamente com um satélite em órbita baixa.

O serviço da Sateliot é voltado para dispositivos de Internet das Coisas (IoT) e aplicações de baixo consumo, como boias meteorológicas e máquinas agrícolas.

As conexões diretas de 5G NTN com satélites de baixa altitude, que apresentam menor latência em comparação com satélites geoestacionários, poderiam expandir o leque de aplicações para serviços que exigem conexões interativas em tempo real, como gestão de emergências, resposta a desastres, atendimento médico em áreas remotas, internet a bordo de aviões e diversas operações industriais à distância.
Conexão direta

Um dos destaques dessa colaboração público-privada é o uso dos padrões abertos do 3GPP em vez de tecnologias proprietárias de telecomunicações e ondas de rádio. Isso significa que, quando disponível, dispositivos móveis poderão se conectar diretamente aos satélites.

A conexão direta pode reduzir custos e simplificar infraestruturas terrestres, permitindo a interconectividade entre provedores e garantindo cobertura contínua em todo o mundo, funcionando de forma semelhante ao 5G dos smartphones, mas mantendo o sinal até mesmo no topo de uma montanha, graças ao movimento dos satélites.

Atrás do Starlink

A Europa está acelerando seus esforços para reduzir a grande distância que a separa do Starlink. O serviço de internet via satélite da SpaceX já conta com mais de 6 mil satélites em operação e três milhões de clientes.

A Europa tem o OneWeb em funcionamento e está preparando sua própria constelação pública, a IRIS2. No entanto, a SpaceX está em outro nível: enquanto solicita permissão para oferecer um serviço de internet de 1 Gbps com seus novos satélites v2, a empresa acaba de completar a primeira constelação de satélites Direct to Cell, que já está sendo oferecida a operadoras de telefonia para cobrir áreas sem sinal no espectro LTE.

Imagem | ESA



PH Mota
Redator
GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

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