MPF DENUNCIA DEPUTADO E ESPOSA POR SUSPEITAS DE ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS


O Expresso BR














O Ministério Público Federal (MPF) protocolou uma denúncia contra o deputado estadual Tito Barichello (União/PR) e sua esposa, Tathiana Guzella, apontando uma série de possíveis irregularidades que vão desde práticas eleitorais ilícitas até envolvimento em atos antidemocráticos. O caso, que envolve também o cargo público da esposa, atualmente assessora do deputado federal Felipe Francischini, levanta questões graves sobre conduta ética e legalidade no exercício de suas funções. 
Segundo o documento, o MPF solicita investigações criminais e eleitorais detalhadas contra o casal, incluindo a quebra de sigilo telemático para apurar possíveis articulações ilícitas. A denúncia é robusta: pede-se a cassação do mandato de Barichello na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), seu afastamento imediato por seis meses e encaminhamento do caso ao Conselho de Ética da Casa, sob a acusação de falta de decoro parlamentar. 
O órgão também demanda a perda dos cargos públicos ocupados por ambos “em nome da moralidade administrativa”, além da inelegibilidade do deputado e aplicação de multa com caráter pedagógico. 
Há ainda a recomendação de anexar as investigações aos inquéritos já abertos sobre milícias digitais e atos antidemocráticos, incluindo a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, cuja participação de ambos está sendo investigada. 

Participação em eventos polêmicos

Um ponto central da denúncia envolve a suposta participação do casal em eventos realizados em Curitiba no início de janeiro de 2024. O MPF exige que sejam analisadas imagens de câmeras de segurança e vídeos do evento, que teria exaltado a tentativa de golpe de 2023. O material apresentado sugere a necessidade de identificar outros participantes e averiguar se houve conexão com manifestações antidemocráticas anteriores. 

 Consequências e impacto político

O caso ganha contornos ainda mais delicados devido à possibilidade de que o deputado tenha articulado ações que comprometem o processo democrático. A inclusão do casal em investigações sobre milícias digitais reflete o aprofundamento do cerco contra figuras políticas supostamente ligadas a movimentos que ameaçam a estabilidade institucional. Procurados, Tito Barichello e Tathiana Guzella ainda não se pronunciaram sobre as denúncias. No entanto, aliados políticos têm minimizado as acusações, enquanto adversários pressionam pela rápida apuração e punição. Com a escalada das investigações, a denúncia do MPF reacende o debate sobre ética no exercício do poder público e a necessidade de medidas exemplares para conter abusos. O caso promete desdobramentos importantes, com impactos diretos tanto no cenário político paranaense quanto no nacional.



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