PROCURADORA QUE RECLAMOU DO SALÁRIO DE R$ 37,5 ESTÁ ENTRE OS 1% MAIS RICOS

No Brasil, ganhar R$ 37,5 mil representa estar entre os 1% mais ricos da população, segundo informações colhidas em 2022 pelo IBGE. Esse grupo ganha 32,5 vezes mais que o rendimento da metade mais pobre da população brasileira. A procuradora já chegou a ganhar mais de R$ 72 mil em um único mês

A procuradora de Goiás Carla Fleury de Souza

A procuradora de Goiás Carla Fleury de Souza reclamou do salário dela, de R$ 37,5 mil, durante uma sessão do MP-GO (Ministério Público de Goiás). Ela direcionou a crítica à falta de reajustes nos salários de funcionários públicos.

“Eu não mantenho a minha casa. O meu dinheiro é só para eu fazer as minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, pulseiras e meus sapatos”.

No Brasil, ganhar R$ 37,5 mil representa estar entre os 1% mais ricos da população. Esta faixa mais abastada parte de quem tem renda mensal média de R$ 17.447, segundo informações colhidas em 2022 pelo IBGE.

Esse grupo ganha 32,5 vezes mais que o rendimento da metade mais pobre da população brasileira. Em 2022, a renda média domiciliar per capita cresceu, 6,9% em relação ao ano anterior, para R$ 1.586.

Segundo a revista Piauí, em 2021 a renda mensal dos 1% mais ricos do país valia por 34 anos de renda dos 5% mais pobres.
SALÁRIO

Há variações entre os salários de procuradores de cada estado. Já no MPF (Ministério Público Federal), há três faixas de remuneração básica do cargo efetivo para procuradores:

R$ 35.710,45 para procuradores da República, R$ 37.589,95 para procuradores regionais da República e R$ 39.568,37 para subprocuradores-gerais da República.

Carla Fleury chegou a ganhar mais de R$ 72 mil apenas em dezembro do ano passado. O valor considera as somas da remuneração com penduricalhos.

Conforme dados do Portal da Transparência do MP de Goiás, a procuradora teve rendimento líquido de R$ 72.228,99, já que além da remuneração do cargo efetivo, recebeu o terço constitucional das férias (R$ 21.277,33), mais um terço de abono permanência (R$ 5.053,36) e outras verbas indenizatórias que não foram especificadas, no valor de R$ 30.223,46.

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