QUEREMOS QUE MORRAM E NÃO RESSUSCITEM JAMAIS

A Trindade não interfere nos destinos, caminhos, preferências, decisões dos seres livres racionais. É bíblico: O bem, o mal e o livre arbítrio sempre existiram. Vejam coincidências.

 Por um lado, comparem a rapidez como o novo coronavírus se dissemina, numa velocidade temporal e espacial sem precedentes, mundialmente. Por outro, a partir de 1970, infectamos mortalmente as propriedades, os valores, as práticas, as crenças que dignificam o ser racional, afetivo, espiritual. Dentre todas as instituições, a família e os sistemas econômicos e políticos foram os que mais se deterioraram e se degeneraram, no Brasil, na aldeia global e na vizinhança habitacional.

Queremos que o covid-19 cesse, mate e enterre para sempre guerras, ódio, corrupção, roubo, competições do poder pelo poder, soberba, megalomania, materialismo, imoralidade, miséria em todas as dimensões. Com a mesma ênfase, desejamos que ninguém mais comercialize e supervalorize lenda dos títulos, vanglórias, armas e poderio bélico, hipocrisias, mentiras, desrespeito, tráfego de drogas, mercados religiosos, crimes sexuais, pedofilia, ideologias mecânicas, depredação da natureza - fauna e flora. São inconcebíveis abusos diários cometidos por governantes e gentes que se intitulam donos da terra e do céu, semeando mortes e destruindo o planeta, a honra, a dignidade e a subsistência do cidadão universal.

A vida e a morte física são realidades distintas. Por meio de esforços, sabedoria, renúncia, sacrifício, fraternidade e solidariedade, nossa expectativa é que o fim da pandemia seja recomeçar da vivência do mandamento do amor. Absolutamente, ninguém sobrevive no campo, nas cidades, nas chácaras, nas mansões e edifícios, nos luxuosos iates e cruzeiros, sem amor, afeto, esperança, fé, bem estar pessoal e compartilhado. Hoje, estamos no deserto. As vias, praças, praias, parques, lojas, templos estão vazios. De certa forma, sem distinção, somos alertados e punidos. Não importa se você é letrado ou iletrado, graduado ou subalterno, cientista ou governante, rico ou pobre, independente de credo, raça, cor, saúde e idade.

Faz cada vez menos sentido indagar a origem do novo coronavírus,

quando é confiado o planeta ser ele o mais poderoso.

Nos quadrantes da terra, 24 horas por dia, é lembrado e imperioso,

sem qualquer remédio, conhecimento e sentimento de clareza.

Esse contexto deu nova versão e patamar à ciência e à experiência.

Porém, há um único sábio – o Verbo -, intermediário da existência.

Ele compartilha lágrimas de irmãos já vitimados

e tantos outros que logo estarão ausentes.

==================================

Pedro Antônio Bernardi, professor, jornalista e economista.

Postar um comentário

0 Comentários