Maleev também admitiu que desenvolver uma vacina contra o vírus da zika é uma tarefa difícil cuja realização levará tempo e requer cooperação internacional
O vírus da zika se parece que outros tipos de vírus, por isso é necessário verificar a origem do mal-estar da pessoa em pouco tempo e isto pode ser feito através de um método desenvolvido por cientistas russos.
– Nosso instituto desenvolveu vários sistemas de teste de vírus, atualmente estamos afinando o vírus da zika, prevemos que criar um sistema integral que permita identificar se se trata de zika ou outro vírus – disse o vice-diretos do Instituto Central russo de Epidemologia, Victor Maleev.
Segundo ele, o sistema integral permitirá everiguar a proporção da disseminação do vírus no sangue.
Maleev também admitiu que desenvolver uma vacina contra o vírus da zika é uma tarefa difícil cuja realização levará tempo e requer cooperação internacional.
– Ainda não há nenhuma vacina contra a dengue, que é conhecida há muito tempo e afetou milhões de pessoas, assim como não existe vacina contra a aids e Hepatite C – disse o cientista.
O vírus da zika se parece que outros tipos de vírus, por isso é necessário verificar a origem do mal-estar da pessoa em pouco tempo
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE
O continente americano deve ter entre 3 milhões e 4 milhões de casos de zika em 2016. A estimativa é Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O cálculo é baseado no número de infectados por dengue, doença transmitida pelo mesmo vetor, em 2015. A organização considerou também a falta de imunidade da população para chegar a esse número.
A estimativa foi citada pelo diretor de Doenças Transmissíveis e Análise de Situação de Saúde da Opas, Marcos Espinal, em sessão da OMS sobre o vírus zika. O continente americano registrou cerca de 2 milhões de casos de dengue no ano passado, sendo 1,5 milhão no Brasil.
Semana passada a organização alertou que o vírus zika vai chegar a todos os países do continente americano, com exceção do Chile e do Canadá, onde não circula o vetor da doença, o mosquito Aedes Aegypti.
Durante a sessão, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, avaliou que a situação do vírus no mundo mudou drasticamente, e que o zika, após ser detectado nas Américas em 2015, se espalha de forma explosiva. Até o momento, segundo a diretora-geral, 23 países reportaram casos da doença.
O zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo governo em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que sua evolução era benigna e que os sintomas são parecidos, porém, mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.
Porém, no dia 28 de novembro de 2015 o Ministério da Saúde divulgou que, quando gestantes são infectadas por este vírus, existe a possibilidade virem a gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos.
Para a diretora-geral da OMS, há uma suspeita muito forte da relação causal entre o vírus zika e casos de malformação congênita e síndromes neurológicas, mas ela não foi cientificamente estabelecida, informou Agência Brasil.
CORREIO DO BRASIL
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