DILMA TERMINARÁ MANDATO EM 2018, DIZ TEMER


O vice-presidente Michel Temer disse, nesta segunda-feira, ter certeza de que a presidenta Dilma Rousseff terminará o mandato em 2018.

– A presidenta está se recuperando cada vez mais e tenho certeza que terminará o mandato -disse Temer, após visita ao Pavilhão Brasileiro no World Food Moscow.

Em Moscou, o vice-presidente disse ter certeza de que a presidenta Dilma terminará o mandato

Segundo Temer, os cortes de gastos discutidos pelo governo ainda não estão definidos.

– Foi pregado intensamente no sentido que se façam os cortes. Mas os cortes não estão definidos ainda. Se houver cortes, acho que é um bom passo e um atendimento a vários setores que pleiteiam exatamente cortes – disse o vice-presidente.

– Hoje pela manhã tivemos reunião com empresários brasileiros que estão aqui. Não só pudemos falar, eu e os ministros que me acompanham, como especialmente ouvimos os empresários. Foram sugestões extraordinárias que me fizeram crer naquilo que tenho acreditado há muito tempo: que nós vamos superar essa crise com muita tranquilidade, vamos enfrentar tudo isso com muita galhardia. Tenho certeza de que o empresariado brasileiro vai colaborar, o governo brasileiro está fazendo o possível – disse Temer.

Temer não quis comentar sobre um possível aumento de impostos para reequilibrar o Orçamento para 2016.

Corte de gastos

A presidenta Dilma Rousseff está reunida com 14 ministros e líderes do governo no Congresso Nacional para discutir cortes de despesas e tentar cobrir o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento de 2016. No fim de semana, Dilma fez reuniões com a equipe econômica e ministros de várias áreas para negociar o corte em cada pasta. O governo também estuda medidas para aumentar receitas e não descarta a criação ou aumento de tributos.

Antes de anunciar publicamente o tamanho do corte, o governo vai apresentar na tarde desta segunda-feira a proposta aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A discussão sobre o corte de gastos se aprofundou desde o anúncio do rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard&Poor’s (S&P), na última quarta-feira.

Entre as medidas que serão anunciadas para cortar despesas estão a redução dos gastos de custeio dos ministérios, que serão reestruturados e terão contratos de prestação de serviço revistos.

Participam da reunião desta manhã os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; do Esporte, George Hilton; das Cidades, Gilberto Kassab; da Integração Nacional, Gilberto Occhi; da Defesa, Jaques Wagner; da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Agricultura, Kátia Abreu; da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto; das Comunicações, Ricardo Berzoini; além dos líderes do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS); na Câmara, José Guimarães (PT-CE); e no Congresso, José Pimentel (PT-CE).
CORREIO DO BRASIL

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