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Muitos analistas consideram que o cenário de uma fusão entre PT e Oi é dificultado pelo facto de a estrutura accionista da operadora brasileira ser bastante complexa Rui Gaudêncio |
No início do mês, Zeinal Bava deixou a presidência executiva da PT a Henrique Granadeiro e ocupou a liderança da Oi, um movimento que fez aumentar as expectativas em relação a uma possível fusão entre as duas companhias.
Antes disso, o cenário de fusão dos dois grupos já tinha sido noticiado em Março pelo Expresso, que deu conta de que dois bancos de investimento estavam a estudar a possibilidade de as operadoras “avançarem para uma união transatlântica”.
Muitos analistas, contudo, consideram que o cenário de uma fusão entre PT e Oi é dificultado pelo facto de a estrutura accionista da operadora brasileira ser bastante complexa, não sendo claro, por exemplo, se os seus accionistas estariam interessados em ficar com uma posição mais reduzida na futura empresa a criar. É o caso do Banco Nacional de Desenvolvimento, de capitais públicos, que teria de fazer um forte reforço de capital se quisesse manter na empresa que resultasse da fusão a mesma posição de 13% que tem na Oi.
Quando assumiu o seu novo cargo, Zeinal Bava, em entrevista à Reuters, não falou em fusão, mas explicou as suas prioridades, definindo como objectivo desenvolver “um projecto luso-brasileiro de telecomunicações de projecção global”.
A mudança de cadeiras do gestor aconteceu num momento peculiar para a Oi, onde a PT entrou em 2011 quando deixou de ser accionista da Vivo. O grupo estava desde Janeiro com a cadeira do líder vazia, apenas ocupada interinamente por José Mauro da Cunha depois da saída de Francisco Valim, por alegados desentendimentos com os principais accionistas, segundo a imprensa brasileira.
Publico Portugal
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