Brigitte, desde então conhecida pela sigla BB, arrastava legiões de homens aos cinemas do mundo, pouco importando a qualidade dos filmes. Mesmo diretores de prestígio, como Robert Wise (Helena de Troia), Henri-Georges Clouzot (A Verdade) e Louis Malle (Vida Privada e Viva Maria!) serviram-se apenas de sua beleza e sensualidade. Godard até a fez parodiar sua condição de objeto sexual em O Desprezo (1963).
O talento limitado e o desejo de fugir dos ônus da fama levaram BB a se afastar do cinema antes dos 40 anos. Passou a militar em defesa dos animais e assumiu posições políticas reacionárias, denunciando o perigo da “infiltração islâmica”
na França e casando-se com um magnata de extrema-direita, Bernard d’Ormale. Aos 78 anos, vive isolada em sua casa no sul da França.
Brigitte Bardot. Sensualidade juvenil e fuga do cinema antes dos 40
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E Deus Criou a Mulher (1956)
Em Saint-Tropez, a promíscua órfã Juliette (BB) vira a cabeça dos homens, entre eles os irmãos Michel (Jean-Louis Trintignant) e Antoine (Christian Marquand). Quando seus pais adotivos ameaçam interná-la num orfanato, Michel se dispõe a casar com ela. O filme que tornou Brigitte fenômeno mundial.
O Desprezo (1963)
No litoral grego, um célebre cineasta (Fritz Lang, no papel de si mesmo) filma uma adaptação da Odisseia, enfrentando a obtusidade do produtor americano (Jack Palance) e as hesitações do roteirista francês (Michel Piccoli). BB é a mulher frívola e volúvel do roteirista nessa cáustica reflexão de Godard sobre o cinema.
Shalako (1968)
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