APÓS EL NIÑO, LA NIÑA DEVE SE FORMAR AINDA EM 2024; VEJA OS IMPACTOS

Apesar de ser considerado o oposto do El Niño, novas ondas de calor também deve ocorrer durante o La Niña
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Ignacio de Lima 

Anomalia da temperatura dos oceanos em novembro de 2007, sob influência de um La Niña (Imagem: NASA/Reprodução)

O Departamento de Meteorologia da Austrália emitiu um alerta para a possível chegada do La Niña após mudanças observadas no Oceano Pacífico. A previsão é que o fenômeno climático, que consiste no resfriamento anômalo das águas, se forme ainda neste ano.

Mesmo com La Niña, calor não deve ir embora

Segundo os meteorologistas australianos, as condições no Pacífico ainda são consideradas neutras, mas há evidências de que o La Niña está se formando. Um dos indícios é o resfriamento observado nas águas.

Embora localizada no Oceano Pacífico, a mudança nas temperaturas tem um efeito cascata em todo o mundo, gerando impactos no vento, temperatura e padrões de chuva. Além disso, pode afetar até mesmo a intensidade das temporadas de furacões e a distribuição de peixes nos mares.

Apesar de ser considerado o oposto do El Niño, novas ondas de calor não estão descartadas durante o La Niña. Isso acontece em função dos efeitos causados pelas mudanças climáticas no planeta. As informações são do IFLScience.

Fenômeno consiste no resfriamento anômalo das águas (Imagem: Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA)
Efeitos do La NiñaO último La Niña aconteceu entre 2020 e 2023.
Na oportunidade, o fenômeno climático deixou o tempo mais seco no sul dos EUA, mas mais úmido e frio no noroeste do Pacífico e no Canadá.

Na Austrália, por outro lado, foram registradas fortes chuvas e inundações no leste do país.

Já no Brasil, o La Niña tende a aumentar a quantidade de chuvas no norte do país, especialmente na Amazônia.
Enquanto no sul o fenômeno tende a induzir períodos de seca, o que pode afetar plantações, especialmente nos meses de primavera.

O fenômeno climático também traz ao Brasil frentes frias intensas e prolongadas.

Além do Departamento de Meteorologia da Austrália, o Centro de Previsão Climática do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA afirma que há 49% de chance de que o La Niña se desenvolva durante o período de junho a agosto deste ano (e de 69% de julho a setembro).

A agência meteorológica japonesa também disse que há 60% de chance de que as condições de formação se desenvolvam de setembro a novembro deste ano.

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaborador(a) no Olhar Digital
Editor(a)

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital

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