DEPOIMENTO DE GENERAL À PF SOBRE TENTATIVA DE GOLPE GERA CLIMA DE APREENSÃO ENTRE MILITARES INVESTIGADOS

Estevam Teophilo divergiu de outros investigados e, assim como Valdemar Costa Neto, não ficou em silêncio. Temor é que militar detalhe envolvimento de outros fardados.

GloboNews


General Estevam Theóphilo, comandante da 10ª Região Militar — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

O general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, que integrou o Alto Comando do Exército, divergiu de outros militares e decidiu falar durante o depoimento à Polícia Federal nas investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Theophilo foi comandante de Operações Terrestres entre o final de março de 2022 até o final de novembro de 2023. Segundo a Polícia Federal, trata-se da unidade com o maior contingente de tropas do Exército.

De acordo com as investigações, em 9 de dezembro de 2022, Theophilo se reuniu com o então presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada e supostamente consentiu com a adesão ao golpe de Estado, desde que o presidente da República assinasse a medida, conforme conversas encontradas no celular do ajudante de ordens Mauro Cid.

A decisão causou apreensão entre esses outros militares investigados, segundo o blog apurou.

Alguns fardados não descartam a possibilidade de Theophilo decidir colaborar com a PF – como já fez o tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, que foi ajudante-de-ordens de Bolsonaro durante todo o mandato.

A delação premiada de Cid foi usada para embasar a Operação Hora da Verdade, no começo de fevereiro, que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e ex-assessores dele investigados por tentar dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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