VEREADORES RECEBIAM PROPINA PAA EM CHEGQUE COM VALOR DE ATÉ R$ 44 MIL MÊS


Por Lúcio Borges

Operação Mensalinho em frente a Câmara Municipal, que afastou 11 dos 13 vereadores por 30 dias: prazo termina domingo (Foto: Arquivo)

O Enfoque MS iniciou a manhã noticiando que Sete vereadores acusados de corrupção continuarão afastados por mais 15 dias . Agora saiu alguns detalhes ou resultados de continuidade das investigações da Operação Mensalinho, denominação da 3ª fase da Dark Money, deflagrada em 8 de dezembro passado. As apurações e ações são da Dracco-MS (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), no município de Maracaju, região sul de Mato Groso do Sul.

Conforme dados da Dracco, veja tabela abaixo, o pagamento da propina a 11 dos 13 vereadores de Maracaju era feito por meio de cheque nominal, que variava de R$ 2.350 a R$ 44 mil. O valor mensal seria repassado pela suposta organização criminosa, chefiada pelo ex-prefeito Maurílio Ferreira Azambuja, o Dr. Maurílio (MDB). Veja links abaixo, de matérias anteriores de escândalo que é um dos maiores na história da cidade, que fica a 160 quilômetros da Capital

O caminho da propina está sendo desvendado pela equipe comandada pela delegada Ana Cláudia Mendina, que ainda segue analisando os documentos e computadores apreendidos no mês passado. Ainda não há acusação oficial contra nenhum dos suspeitos apontados. A PC-MS (Polícia Civil de MS), aponta que somente após a conclusão do inquérito deverá decidir se indicia os vereadores por corrupção passiva e organização criminosa.

O juiz Raul Ignatius Nogueira, da 2ª Vara Criminal de Maracaju, determinou o afastamento de 11 vereadores por 30 dias. O prazo vence neste domingo (8), mas três parlamentares teriam obtido liminar no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para retornar à função antes do prazo. Contudo, como noticiamos (link acima), já foi determinado a continuidade da suspensão dos parlamentares.


Acusações

Todos os 11 parlamentares, sendo nove em atual mandatos e dois são de legislatura anterior, são acusados de receber R$ 1,374 milhão em propina da conta clandestina, aberta pelo Dr. Maurílio, para desviar o dinheiro do município. A conta teria sangrado R$ 23 milhões dos cofres municipais.

A certeza da impunidade era tanta que o pagamento da suposta propina era feito em cheque nominal ao vereador. A tabela aponta que o presidente da Câmara Municipal na época, Hélio Albarello (MDB), receberia R$ 44 mil por mês. O dinheiro era repassado em cheque e também por meio da empresa JP Comércio e Construção.

O vereador Ludimar Portela, o Nego do Povo (MDB), ganhavam R$ 10 mil por mês, conforme documento divulgado pelo Blog ‘O Jacaré’, que teria obtido com exclusividade e foi confirmado por pessoas com conhecimento do caso.

Tabela da propina em Maracaju

https://www.enfoquems.com.br/

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