AS 5 PRINCIPAIS TÉCNICAS UTILIZADAS PELO EXÉRCITO BRASILEIRO PARA MANIPULAR AS MASSAS ANTES OU DURANTE A GUERRA

Nos últimos anos, sobretudo após o comando do General Villas Bôas, com seu homem de confiança das comunicações, o general Rego Barros, a frente do centro de mídia do Exército, o Exército Brasileiro se agigantou no que diz respeito 

https://www.eb.mil.br/40-anos-do-ccomsex/galeria-dos-chefes-do-ccomsex/gen-regos-barros

Isso não foi por acaso, o general Villas Bôas, talvez o mais astuto dos comandantes militares desse século, enxergou na internet uma forma de sutilmente implantar na sociedade simpática aos militares, que na época – segundo estudos divulgados pela mídia –somava mais de 44% dos brasileiros, algumas visões de mundo que pela sua ótica poderiam, se disseminadas em muito grande escala, impulsionar aquilo que os militares do Exército, a mais influente das três forças armadas, planejavam para o futuro do Brasil.


A panfletagem

Se nas grandes guerras do passado as Forças Armadas, usando aeronaves, atiravam sobre a sociedade seus panfletos impressos, tentando angariar simpatia, hoje isso é feito utilizando as redes sociais, por onde cada força armada faz a sua “panfletagem” de acordo com o que seus comandos desejam, sempre no que diz respeito á formação de uma mentalidade pró militares no país.

Nos últimos anos são muitos os estudos sobre as operações psicológicas integradas à comunicação social e sua eficácia para a formação na sociedade de um ambiente positivo e propício para que militares executem determinadas ações. Por esse motivo em todo o planeta um número cada vez maior de psicólogos, sociólogos e comunicadores tem se integrado ás Forças Armadas.

Em 2019 o Exército Brasileiro possuía cerca de 400 mil seguidores no Twitter, a mais política das mídias sociais. Hoje a força terrestre possui mais de 4 milhões de seguidores, o que tornou-a um dos grandes influenciadores sociais do país, dando à instituição a ampla possibilidade de distribuir em massa, nessa guerra midiática que hoje enfrentamos, seus “panfletos” virtuais.

Um texto que circula em âmbito restrito entre militares deixa claro que esse tipo de ação já faz parte do quotidiano militar.

“estas agiriam no sentido de fazer a nação compreender melhor o papel da instituição, passando a apoiá-la e aceitando seus gastos como necessários à defesa da soberania nacional… Nos neutros, buscaria o apoio à nossa causa, fazendo-os acreditar na legitimidade e necessidade do emprego da força. Finalmente, no inimigo, atuariam no sentido de desmoralizá-lo, degradando sua vontade de lutar…”

Algumas das técnicas de propaganda que hoje são utilizadas pelos grandes influenciadores são ensinadas nos cursos de altos estudos sobre guerra psicológica. Abaixo expomos algumas delas, obviamente sem entrar em detalhes mais aprofundados, já que não se pode revelar informações classificadas.

Simplificação

Uma das primeiras técnicas ensinadas em cursos de operações psicológicas nas Forças Armadas é a chamada SIMPLIFICAÇÃO; Os instrutores deixam claro que há uma parte significativa da sociedade que não quer se debruçar de forma aprofundada sobre os problemas do dia a dia, são esses que primeiro devem ser influenciados e que aceitarão mais facilmente as explicações e instruções que lhe forem passadas por meio da mídia e outros meios de comunicação a serviço dos militares.

… um tema de propaganda é apresentado de forma clara, concisa, reduzida e simples para o público-alvo. Usa-se para transformar temas complexos em temas simples e fáceis de entender, oferecendo uma interpretação simplificada dos fatos, das idéias e das personalidades. Expressões como “quase” ou “mais ou menos” não são usadas na simplificação. As declarações devem ser firmes e positivas. Há indivíduos que são demasiadamente preguiçosos ou indiferentes para analisar, por si mesmos, os problemas. Aceitam, por conseguinte, substitutos que lhes pareçam convincentes…
Generalizações brilhantes

Utiliza-se com o uso dessa técnica os termos de grande impacto como Patriotismo, amor ao país, ordem e progresso etc. Termos que invocam a emoção e podem ser utilizados para apoiar e incentivar ações de quase todos os tipos.

… utilização de exageros e palavras com alta conotação emotiva, como paz, honra e liberdade, intimamente associadas com ideias de uso comum, sem que haja necessidade de clara definição desses conceitos na mente do público. Essa técnica explora emoções, como o amor ao país, o sentido de honra, a generosidade, o desejo de liberdade e a ânsia de felicidade, ou imagens culturais e históricas que despertem generalizadas afeições populares… As generalizações brilhantes são deliberadamente sem sentido, a fim de que o público-alvo lhes dê sua própria interpretação. A intenção é emocionar o público-alvo com frases indefinidas, sem explicações ou pormenores. As frases e palavras usadas devem ser vagas e ambíguas, de modo a poderem sugerir diferentes idéias a diferentes pessoas. As expressões generalizantes oferecem respostas superficiais a complicados problemas sociais, políticos ou econômicos …

Testemunho de personalidade conhecida

O uso dessa técnica consiste em dar a palavra ou divulgar por meio da mídia que fulano ou beltrano, pessoa reconhecidamente lícita e especialista em determinado assunto, de preferência admirada pelo público alvo, se comporta da forma que pretende-se que o grupo se comporte. Pode-se utilizar para isso juízes aposentados, promotores, professores, políticos, generais, sargentos, oficiais etc.



“É o recurso de utilizar-se do testemunho de alguma personalidade respeitada e aceita pelo público-alvo, com o intuito de dar cunho oficial ou prestígio para a mensagem da propaganda. É fundamental que o testemunho seja apresentado por perito ou pessoa reconhecidamente gabaritada em relação ao objeto da propaganda…”
Adesão da maioria

O uso dessa técnica consiste em invocar em cada um o inato sentimento de pertencimento. Fazer parte de um grupo, de uma confraria, de um exército etc., é algo que para a maior parte da sociedade gera um sentimento de bem estar, ao mesmo tempo que o faz questionar sua própria opinião, fazendo com que tenda a adotar o comportamento do grupo, já previamente estabelecido com o uso das técnicas acima citadas.


… O desejo de se sentir como parte do grupo deriva do instinto associativo da natureza humana, que impele o indivíduo a alienar-se, adotando pontos de vista e atitudes da maioria. Portanto, uma linha de ação ou uma opinião particular, que são compartilhadas por uma maioria esmagadora, obtém mais facilmente o consenso do grupo. É geralmente usado para convencer o público-alvo de que a campanha é expressão do ímpeto irresistível da massa ou do processo histórico…

Incitação


“Técnica comumente usada para conduzir o público-alvo contra ideias ou pessoas. São ataques diretos à reputação e à credibilidade de figuras, instituições e filosofias. Se bem sucedida, imprimirá no alvo um grau de hostilidade que só poderá ser removido com considerável dificuldade. Essa técnica apresenta o risco de que o alvo da propaganda seja visto como uma vítima, provocando ressentimentos contra quem a gerou…”







GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

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