CALÇADOS, BORRACHA E PELE: O QUE O RS COMPRA E VENDE DOS PAÍSES QUE O BRASIL JOGARÁ NA COPA DO MUNDO?

Estado é um dos principais exportadores brasileiros para a Sérvia, sendo que as exportações mais que dobraram entre 2021 e 2022

Franco favorito, o Brasil disputa mais uma Copa do Mundo. O país caiu no Grupo G e disputa uma vaga nas oitavas com Sérvia, Suiça e Camarões, respectivamente. Apesar de não possuírem forte tradição no futebol, os países mantêm uma relação comercial mais amistosa e que já movimentou mais de US$ 3,2 bilhões em importações e exportações até outubro deste ano.

Primeira adversária do Brasil, a Sérvia tomou 2 gols no último dia 24/11 da seleção brasileira. Já na parte comercial, o Brasil deve bater recorde de exportação esse ano. Até outubro, já foram mais de US$ 48 milhões exportados aos sérvios, maior volume desde a última copa que vencemos, em 2002. As importações também cresceram, alcançando US$ 50 milhões no período, de acordo com dados mapeados pela Vixtra, fintech de comércio exterior, junto ao portal do Ministério da Indústria e Comércio Exterior.

E o Rio Grande do Sul representa uma parte importante deste resultado. Praticamente um terço das exportações brasileiras aos sérvios partiram dos gaúchos. Até outubro, o estado tinha exportado mais de US$ 15 milhões. As cidades de Santa Cruz do Sul, Passo Fundo e São Leopoldo lideram as vendas no estado gaúcho com mais de US$ 9.7 milhões de exportações no período.

Já as importações registraram US$ 2.1 milhões, com destaque para a cidade de São Leopoldo, que sozinha importou mais de US$ 2 milhões. Dentre os principais produtos exportados estão itens como tabaco, produtos farmacêuticos, reatores nucleares e calçados. Entre os importados, destacam-se, materiais elétricos, plásticos, borracha, entre outros.

Vale destacar que quando se fala em estado ou cidade importadora, a referência é ao domicílio fiscal da empresa e não necessariamente a origem ou destino da mercadoria.

"O Rio Grande do Sul representa um pilar importante do comércio internacional brasileiro. O estado tem um volume alto de transações, mas ainda há espaço para crescimento”, explica Leonardo Baltieri, co-CEO, da Vixtra.

A Suíça é a segunda adversária da seleção brasileira e também a maior parceira comercial dentre os três países contra os quais o Brasil jogará nesta fase. Só no ano passado as exportações somaram mais de 2 bilhões de dólares e, esse ano, devem somar aproximadamente 1 bilhão. Apesar da queda em comparação a 2021, o número é mais que o dobro do que o Brasil exportou aos suíços em 2002, última vez que ganhamos a copa.

E o Rio Grande do Sul também registrou transações comerciais com o país.. Só neste ano, o estado exportou mais de US$ 30 milhões, sendo que a cidade de Passo Fundo foi responsável por US$ 15 milhões, metade das vendas. Por outro lado, as importações somaram US$ 29 milhões. Dentre os produtos exportados pelos gaúchos, estão produtos das indústrias químicas, produtos das indústrias alimentares; bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, além de peles e couros, enquanto os principais produtos importados foram metais comuns e suas obras e máquinas e aparelhos.

Último adversário do Brasil na primeira fase, Camarões tem uma relação comercial mais forte que a Sérvia no que diz respeito às exportações brasileiras. Só neste ano, o Brasil já exportou mais de 83 milhões em produtos, enquanto a importação foi de pouco mais de um milhão.

As exportações dos gaúchos para os camaroneses alcançaram a quinta posição, com mais de US$ 2.1 milhões vendidos neste ano. Dentre os produtos comercializados, destacam-se, veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios, entre outros. Por outro lado, o Rio Grande do Sul registrou uma única importação de US$ 197 mil para a cidade de Instância Velha para a compra de plásticos e borracha.

“O Brasil já tem um relacionamento estruturado com os países contra os quais jogará na Copa do Mundo. Agora, precisamos fortalecer laços para que mais oportunidades possam surgir para a indústria nacional aumentar o volume de transações, mas, sobretudo, ampliar a oferta de produtos”, conclui Baltieri.

Sobre a Vixtra

A Vixtra é uma fintech de comércio exterior que atua como um meio de pagamento na relação entre importador e exportador, permitindo que importadores no Brasil paguem suas compras à prazo e seus fornecedores internacionais recebam à vista. Fundada em julho de 2021 por Leonardo Baltieri, Guilherme Rosenthal e Caio Gelfi, a Vixtra oferece uma forma de pagamento e financiamento em reais (R$), sem risco cambial, menos burocrática e mais segura, possibilitando importadores liberarem capital de giro, terem confiança e dados em relação a seus fornecedores, além de prover outros serviços financeiros e visibilidade dos processos de importação. A companhia recebeu aportes Pre-seed e Seed que somam R$ 51 milhões entre equity e dívida, um dos maiores valores para uma startup em estágio inicial na América Latina. Acesse o site e conecte-se pelo Linkedin.


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