DIGNIDADE,HONRA, SENTIMENTO DE PESAR E PERDAS SENSÍVEIS



Neste preciso momento, morrem prematuramente no Brasil três pessoas a cada cinco minutos da covid-19. Nos quatro cantos do país, predominam sentimentos de dor, sofrimento
, desespero, orfandade. No silêncio da alma, bradamos a Deus que conforte familiares, parentes e amigos. Conflitos, inversão de prioridades, frieza e desentendimento entre agentes públicos precipitam, agravam e intensificam lágrimas e gemidos recolhidos. Nesta circunstância, governantes, gestores e ciência não se ajudam e, às vezes, transformam-se em obstáculo.

O ser humano não é só desafiado pelo perigoso coronavírus, mas também pelo desrespeito, falta de ética e desamor ao próximo. As mais poderosas forças modernas da vida, da dignidade, da honra e do desenvolvimento estão feridas. Não há clareza de horizontes e valores estáveis para sobreviver de forma digna e pacífica. Sabe-se que em qualquer tempo e circunstância, união de programas e políticas públicas, destino racional e efetivo de recursos, ordenamento e disciplina envolvem sacrifícios, participação, disposição, ânimo, coragem e amor fraterno.

O Brasil é o maior país do mundo de necessidades, carências e potencialidades. O velho ser humano, o estado gordo, a casa grande, a senzala, o povo teleguiado resistem e não querem renovação. Quando e onde não há evolução partilhada, solidariedade, interatividade, criatividade, somatória de testemunhos e bons exemplos, não há bem estar, multiplicação de oportunidades, segurança e progresso coletivo.

Ética, moral e justiça são valores equânimes, verdadeiros escudos protetores do cidadão, indistintamente. A falta de ética na política mutila a ordem e a vida das pessoas e, às vezes, de gerações sucessivas. Ofensa, desprezo, incompetência, inabilidade e retórica sempre enganam. Inúmeros empreendimentos frustraram, fracassaram e faliram nos últimos anos em consequência de crises e espertezas de gente maldosa.

Engana-se quem pensa que o Brasil está ou vai mudar tão breve. Sistemas, órgãos, partidos e políticos revelam poderes, individualidade e egocentrismo. No outro lado do balcão, lideranças de múltiplas esferas exibem limitações, carências, medos e dificuldades de falar a verdade e a linguagem do cidadão universal. Vivências, convivências e televivências privilegiam sobremaneira facilidades e superficialidades.

Essencialmente, valores morais e cívicos estão integralmente associados ao desenvolvimento social, econômico, científico e técnico das nações modernas. Urge livrar o povo da submissão, da pobreza, da morte e da desesperança. O Brasil está fortemente cicatrizado e contaminado por células, vícios, vírus, costumes, cultura, privilégios e hábitos suspeitos e imorais.

É hora que escolas, universidades, Igreja, meios de comunicação, governantes, famílias, redes de amigos virtuais se apressem e assumam compromissos e responsabilidades de instituições sábias, legítimas e transformadoras. Eis, pois, as vias rápidas e verdes para vivenciar a paz na terra, a aurora dos sonhos, o despertar da confiança, a vitória da Pátria, a justiça que tanto almejamos.

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Pedro Antônio Bernardi - economista, jornalista, professor e palestrante.


Ilustração; GzT StC

GAZETA SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

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