MULHER BALEADA NA CABEÇA PELO EX ''RESSUSCITA ANTES DE APARELHOS SEREM DESLIGADOS

Empresária se recusou a reatar o relacionamento e foi baleada na cabeça pelo ex-companheiro. Ela teve morte cerebral constatada pelos médicos, mas surpreendentemente reagiu no momento em que os aparelhos seriam desligados

     Karina Souto Rocha

Karina Souto Rocha, de 29 anos, foi baleada pelo ex-namorado Baltazar Augusto de Menezes, de 58 anos. O homem disparou após ouvir da boca de Karina que o relacionamento não seria reatado.

Os tiros atingiram o rosto, o tórax e o abdômen de Karina. Baltazar se matou em seguida com um tiro na cabeça. O crime ocorreu no dia 1 de fevereiro.

Em estado gravíssimo, Karina deu entrada no Hospital Municipal de Barra do Garças, a 520 quilômetros de Cuiabá (MT). Dois dias depois, os médicos decretaram sua morte cerebral. Apesar de toda a dor, a família da vítima autorizou que os aparelhos fossem desligados.

“O médico me chamou e disse que o quadro dela era irreversível. Os exames mostravam que não tinha mais o que a medicina fazer pela minha filha, mas no meu coração eu sentia que ela não iria morrer”, conta José Rocha Cardoso, pai de Karina.

No momento em que os aparelhos seriam desligados, uma surpresa: ela reagiu, mexendo as mãos. Novos exames mostraram que, apesar do estado de saúde de Karina ser grave, ele é reversível.

Segundo o pai, por volta das 14h, quando uma enfermeira foi até o quarto para fazer o desligamento, percebeu que a empresária mexeu uma das mãos. Espantada, a profissional chamou pelo nome de Karina — e ela teria respondido com um movimento de cabeça.

“A enfermeira saiu correndo e chamou o médico. Em seguida ele veio até mim, chorando. Achei que ele falaria que havia desligado os aparelhos, mas disse que a Karina havia reagido e acrescentou: ‘Isso foi Deus, porque eu não fui e a medicina não alcança esse resultado'”, lembra José, emocionado.

“Os médicos e enfermeiras todos choraram comigo. Todo mundo sabia que a Karina voltou por um milagre.”

O pai conta que a empresária passou por novos exames que constataram que ela teria retornado do estado de morte cerebral. Karina foi levada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e segue internada lá.

“Hoje o estado de saúde dela ainda é grave, mas ela vem se recuperando pouco a pouco. Ela abre os olhos e entende tudo o que conversamos, só a fala ainda não voltou, mas isso é questão de tempo. Está respirando com ajuda de aparelhos, mas a pressão e os batimentos cardíacos estão normalizados. Está tudo certo com ela”, acrescenta o pai.

Não há registros na medicina de reversão de uma morte cerebral. Por isso, é possível que tenha havido erro no diagnóstico de Karina.

Sobre o relacionamento de Karina e Baltazar, familiares afirmam que eles ficaram juntos durante 4 anos. Apesar do tempo de relacionamento, o homem não assumia Karina como sua mulher e o casal brigava muito, o que teria motivado o fim da relação há cerca de um mês.

“Eles tinham uma relação muito conturbada, por isso ela se separou. Ela achou que com o término ele iria se interessar por outras mulheres e a deixaria em paz”, conta o pai dela.

Karina, que era proprietária de um restaurante, vendido há pouco tempo, tem dois filhos, um de 7 e outro de 10 anos. Após a separação de Baltazar. ela começou a namorar outro rapaz, o que teria irritado ainda mais o ex-companheiro.

Na tarde do sábado dia 1º, Karina estava com amigos na casa de uma deles, no bairro Santa Mônica, em Nova Xavantina, cidade onde mora com a família, a 650 quilômetros da capital do Mato Grosso.

Segundo a ocorrência, Baltazar foi até a casa na tentativa de conversar com Karina e reatar o relacionamento, mas os dois começaram uma discussão e ela se negou a voltar com o ex.

O homem, então, teria pedido que ela devolvesse uma correntinha que usava e era presente dele. Karina entregou o objeto e Baltazar foi guardá-lo em seu carro, estacionado em frente à casa. Ele, no entanto, retornou armado, deu os três tiros em Karina e se matou em seguida.

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