EM GRUPO DE WHATSAPP, JANAÍNA PASCHOAL QUESTIONA A SANIDADE DE JAIR BOLSONARO

Conversas vazadas de grupo de WhatsApp mostram Janaína Paschoal questionando a sanidade mental de Jair Bolsonaro. Deputada diz que deixará bancada do PSL e também critica o presidente por publicar “vídeo maluco de Messias”

Janaina Paschoal (Imagem: Alesp)

Conversas de um grupo de WhatsApp de parlamentares do PSL na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) foram vazadas para a imprensa nesta segunda-feira (20).


Durante a troca de mensagens, a deputada estadual mais votada da história do Brasil, Janaína Paschoal (PSL-SP), enviou um vídeo publicado nas redes sociais por Jair Bolsonaro e escreveu:

“E esse vídeo maluco de Messias? O que ele quer com isso? Eu peço que vocês assistam e respondam: ‘O senhor, um presidente da República, na plenitude de suas faculdades mentais, publicaria um vídeo desse?’”

No vídeo, de acordo com a postagem de Bolsonaro, um “pastor francês expõe sua visão sobre o futuro do Brasil”. No conteúdo, o religioso afirma que o capitão foi escolhido por Deus para presidir o Brasil (confira aqui).

Na conversa de WhatsApp, Janaina Paschoal reclamou ainda da “cegueira” dos colegas de partido e anunciou que tentará deixar a bancada do PSL na Assembleia.

“Amigos, vocês estão sendo cegos. Estou saindo do grupo, vou ver como faço para sair da bancada. Acho que os ajudei na eleição, mas preciso pensar no país. Isso tudo é responsabilidade”, escreveu a deputada.

“Saiam da bolha. Vocês são muito parecidos com petistas. Não tem nada a ver com toma lá dá cá. O presidente precisa entender que não será ovacionado pelo povo. A história mostra que essa estratégia não dá certo”, completou Janaína.
Janaína lamenta vazamentos

Depois da repercussão dos vazamentos, Janaína Paschoal lamentou que as conversas de um grupo privado tenha chegado nas mãos da imprensa.

Mais cedo, a deputada já havia sido criticada nas redes sociais pelo núcleo duro do Bolsonarismo por não concordar com os atos convocados para o próximo dia 26 de maio.

No domingo (19) e na segunda-feira (20), ela publicou no Twitter duas séries de mensagens explicando as suas razões:

“O Governo se coloca em uma situação de imobilismo e chama as pessoas para tirá-lo do imobilismo. Tivesse o Presidente apoiado um Presidente da Cãmara coerente com os novos paradigmas… tivesse orientando seus líderes a votar contra medidas restritivas de seus poderes… tivesse se esforçado para defender a Previdência e, ainda assim, o Congresso o estivesse sabotando, obviamente, eu apoiaria as manifestações. Mas não foi isso que aconteceu. Por quê?”.

“No início da legislatura, o Governo orientou seus deputados a votarem a favor da PEC que retirou poderes da Presidência da República. Os Deputados Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, que estão convocando as manifestações contra o Congresso, votaram a favor da medida. Por quê?”.

Pelo amor de Deus, parem as convocações! Essas pessoas precisam de um choque de realidade. Não tem sentido quem está com o poder convocar manifestações! Raciocinem! Eu só peço o básico! Reflitam!”, finalizou.

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