APENAS 6 DEPUTADOS TENTARAM IMPEDIR MAIOR DERROTA DO GOVERNO NA CÂMARA

Votação de proposta pegou o governo de surpresa

Em votação avassaladora, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) sofreu nesta terça-feira (26) a mais dura derrota na Câmara Federal até agora.

Em votação relâmpago, os deputados aprovaram em dois turnos a proposta de emenda constitucional que retira do governo poder sobre o Orçamento. A manobra foi encarada como uma demonstração pessoal de poder de Rodrigo Maia (DEM), presidente da casa.

A PEC do Orçamento impositivo estava parada na Câmara desde 2015. O texto não estava nem previsto para a pauta do plenário da Casa até a manhã de ontem.

A PEC torna o Orçamento mais engessado, pois classifica como obrigatório o pagamento de despesas que hoje podem ser adiadas, principalmente investimentos.

Segundo técnicos da Câmara, se a proposta for promulgada, de um Orçamento total de R$ 1,4 trilhão, o Executivo teria margem de manobra em apenas R$ 45 bilhões das despesas.

PSL envergonhado

Para evitar que a votação fosse caracterizada como uma derrota acachapante e após perceber que perderia por ampla maioria, o próprio PSL de Jair Bolsonaro optou por orientar os seus deputados a votarem a favor da PEC.

Apenas seis parlamentares da base votaram com o governo, entre elas Joice Hasselmann (PSL). Além dela, também tentaram impedir a aprovação da PEC os deputados Bia Kicis (DF) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP), ambos do PSL, Paulo Ganine (RJ) e Tiago Mitraud (MG), os dois do Novo, e o tucano Pedro Cunha Lima (PB). A PEC foi aprovada por 453 votos a 6, no segundo turno.

Rodrigo Maia enviou uma mensagem de agradecimento aos deputados após o resultado da votação: “Muito obrigado”.

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