RATINHO JR E O VICE DIVERGEM SOBRE PRORROGAÇÃO DO PEDÁGIO DO PARANÁ



A mais recente etapa da Operação Lava Jato tem feito muita gente mudar de opinião no Paraná, especialmente em relação ao pedágio das rodovias, foco das investigações. O candidato Ratinho Junior, por exemplo, passou a adotar um discurso de que é radicalmente contra a renovação dos contratos da forma como estão, que vencem em 2021.

Até aí tudo bem. O problema está no posicionamento do vice de Ratinho, o eterno presidente da Fecomércio Darci Piana, que liderou em 2015 um forte movimento pela prorrogação dos contratos da forma como estão. 

O vice de Ratinho juntou a Fecomércio com ACP (Associação Comercial), FAEP (Federação da Agricultura), Fetranspar (Federação das Empresas de Transportes e Cargas) e FACIAP (Federação das Associações Empresariais e Comerciais) e num ato nada digno, assinaram um documento pedindo ao então governador Beto Richa, para encaminhar a prorrogação por mais 21 dos famigerados contratos do pedágio.

Beto Richa então determinou a formação integrada pela vice, atual candidata a reeleição Cida Borghetti, para conduzir as negociações com o Governo Federal, detentor de praticamente toda a malha viária do Anel de Integração pedagiado no Estado. Com a nova etapa da Lava Jato, Cida tenta se cacifar politicamente ao mandar reduzir o preço do pedágio, mas esquece que seu vice, Coronel Malucelli, era presidente da Fetranspar e representante da entidade na Agepar, alvo das investigações.

A cruzada pela prorrogação dos contratos só não prosperou devido a bancada paranaense no Congresso Nacional, liderada pelo deputado João Arruda (MDB), aprovou uma Medida Provisódia proposta pelo deputado Sérgio Souza (MDB), proibindo a renovação do modelo atual do pedágio nas rodovias do Paraná.

Como se vê, Ratinho Junior e seu vice Darci Piana, quando se trata de pedágio, não falam a mesma língua. Só para contextualizar, a comissão chefiada por Cida Borghetti, era integrada ainda por José Pepe Richa, irmão de Beto Richa, então secretário de Infraestrutura e Logística, que acabou preso na nova fase da Lava Jato.

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