EXTREMISTAS OFERECEM DINHEIRO POR AGRESSÃO FILMADA CONTRA CIRO GOMES

Movimento a favor do golpe oferece pagamento por ataques filmados contra Ciro Gomes. Em resposta bem humorada, filho de Ciro grava o pai e cobra dinheiro do grupo 'Endireita Brasil', cujo fundador é ex-secretário de Geraldo Alckmin

Ricardo Salles, dono do Endireita Brasil, foi braço direito de Geraldo Alckmin


O grupo pró-golpe Movimento Endireita Brasil usou suas contas nas redes sociais para oferecer a quantia de R$ 1 mil a quem gravasse um vídeo com ataques a Ciro Gomes (PDT), que vem defendendo publicamente a presidente Dilma Rousseff. As postagens ocorreram na noite de sexta-feira.

As publicações citavam o restaurante onde o político almoçava. “Se alguém estiver por perto, hostilize o cara, mas ele é esquentadinho. Filmem!”, dizia o post.

O material foi apagado da página do grupo no Facebook depois da repercussão negativa. “Assumimos o erro de nosso colaborador que exagerou nas palavras, mas vamos honrar o compromisso assumido e depositar o dinheiro na conta do autor do vídeo”, publicou o movimento.

Filho de Ciro

O filho do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) “aceitou” o chamado do movimento Endireita Brasil de hostilizar o político. Ainda no restaurante, ele brinca com o pai e cobra o pagamento do movimento. “Paguem meu mil conto, vamos ver se vocês vão endireitar o Brasil mesmo”.

Dono do Endireita Brasil foi braço direito de Geraldo Alckmin

Matéria publicada no Jornal GGN conta a história do advogado Ricardo Salles, dono do movimento Endireita Brasil. Leia a íntegra:

O Movimento Endireita Brasil tem história dentro do governo Alckmin. É seu fundador e mentor o advogado Ricardo Salles, que foi braço direito de Geraldo Alckmin. E que ficou dentro do Palácio dos Bandeirantes, cuidando da agenda do governador tucano, por algum tempo. O moço fez tantas trapalhadas que até na Folha pediram sua cabeça.

O MEB se diz um movimento político válido. Os princípios espalhados pelo movimento em questão são aqueles que exaltam o golpe militar de 1964, espalha mentiras na internet, fomenta o ódio, instila uma nova leva de descontentes que não tem ética, nem norte, nem ideologia e nem critério.

O Ricardo Salles, escudado como MEB, já soltou pérolas na internet, espalhada por sua massa de seguidores, de que Lula teria uma fortuna estimada em US$ 3 bilhões e de que a boate Kiss, por exemplo, era de um deputado petista. Insanidades jogadas aos montes para alimentar um ódio sem precedentes na história da democracia deste país.

Agora, a bola da vez é Ciro Gomes. O movimento de ultradireita de Salles está oferecendo de comprar vídeos de quem desacatar e gravar. Deu, no Facebook, a localização de Ciro Gomes, e ofereceu a recompensa por gravações de hostilizações que ele possa sofrer. Oferece muito mais caso Lula passe por isso dentro dos “limites” da lei.

Até quando isso será permitido? Não existe poder nenhum para barrar a ação criminosa deste ser de ultradireita? O próximo passo será oferecer uma grana para quem machucar petista? Desde quando a nossa Constituição prevê este tipo de desrespeito? A OAB não visualiza essas maluquices feitas por advogados?

O dono do Movimento Endireita Brasil ficou algumas semanas como secretário particular de Geraldo Alckmin e, saído do governo, se dizia Secretário de Alckmin para fazer lobby. Parece que viveu disso algum tempo, ou ainda vive. Seu discurso recorrente é a defesa da ditadura militar, em verso e prosa.

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