TAXISTA DISPARA CONTRA UBER: '' AGORA É NO CACETE. VAI TER MORTE!"

Presidente de sindicato de taxistas de SP ameaça motoristas do Uber em vídeo gravado no Facebook. “Acabou a moleza prefeito Haddad. Chega de palhaçada nessa cidade. Agora é cacete”



O presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores de Empresas de Táxi de São Paulo (Simtetaxis), Antonio Raimundo Matias dos Santos, conhecido como Ceará, é investigado pela Polícia Civil de São Paulo. A informação foi prestada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Ele deverá depor nesta semana, de acordo com a pasta.

O inquérito contra Matias vai apurar o “eventual delito de incitação à pratica de crime”. Na última quinta-feira (28), motoristas do aplicativo Uber foram alvos de ataques em frente ao hotel Unique, nos Jardins, onde acontecia o baile de carnaval da revista Vogue. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, taxistas intimidavam quem tentava embarcar em veículos pretos. Pelo menos um carro foi depredado.

“As pessoas que participaram das agressões à motoristas de veículos pretos e depredações na última quinta-feira (28), estão sendo identificadas pelas fotografias que registraram a ocorrência e serão chamadas para depor no 15º Distrito Policial”, diz a nota da SSP.

Logo após o episódio das agressões, Matias postou um vídeo no Facebook no qual ‘alerta’ o prefeito da cidade, Fernando Haddad (PT), que ele não está cumprindo o acordo com os taxistas, que “a palhaçada acabou” e “agora é no cacete”.

“Acabou a moleza prefeito Haddad. Chega de palhaçada nessa cidade. Agora é cacete. Ou regulamenta os aplicativos certos para trabalhar com táxi ou vão trabalhar fora dessa cidade”, afirmou Matias no vídeo.



Matias é o mesmo que, em junho do ano passado em audiência na Câmara dos Deputados, afirmou que “vai ter morte” caso os parlamentares não regulamentem o funcionamento do Uber no País. “Eu quero dizer aos nobres deputados para que tomem providências porque, se não tomarem, não temos como conter a categoria”, disse ele na ocasião.

Outro a mandar recados a Haddad foi o vereador Adilson Amadeu (PTB), autor da lei que pediu a proibição do Uber na capital paulista. “O senhor prefeito, que deu uma declaração que vai regularizar o Uber, o senhor é doido. Um doente mental se fizer isso, o senhor não sabe com quem está mexendo”, avisou ele.
Thiago de Araújo, HuffPost Brasil

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