AVIÕES DOS EUA REALIZAM ATAQUE INTENSIVO CONTRA ALEPPO


Konashenkov disse que a situação é muito parecida com a ocorrida na cidade afegã de Kunduz, quando os norte-americanos bombardearam um hospital


Aviões de assalto norte-americanos realizaram bombardeamentos da cidade síria de Aleppo e acusaram a Rússia de ter sido ela a bombardear, disse o representante oficial do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

– Como prometemos aos nossos parceiros norte-americanos, não escondemos as informações. Na quarta-feira às 13.55, horário de Moscou (8.55 horário de Brasília) do território da Turquia partiram para Aleppo usando a rota mais curta dois aviões de assalto A-10 da Força Aérea dos EUA e bombardearam massivamente as infraestruturas da cidade.

Aviões de assalto norte-americanos realizaram bombardeamentos da cidade síria de Aleppo

Segundo Konashenkov, o coronel norte-americano Steven Warren não comentou esta missão. O militar russo disse que na quarta-feira Warren afirmou que a aviação russa alegadamente teria alvejado dois hospitais em Aleppo.“Em resultado, segundo ele, alegadamente cerca de 50 mil sírios ficaram privados de serviços essenciais. Entretanto, este representante oficial não conseguiu prestar mais informações. (Nada foi dito) nem sobre a hora (da missão), nem sobre as coordenadas destes hospitais. Absolutamente nada”, destacou Konashenkov.

O militar russo afirmou que o Ministério da Defesa russo analisou com muita cautela todos os alvos que foram bombardeados pela aviação russa na quarta-feira. Os aviões russos não realizaram missões em Aleppo, disse. O alvo mais próximo de Aleppo foi a 20 km da cidade. Sobre a cidade voaram somente aviões da coalizão contra o Estado Islâmico. Konashenkov disse que a situação é muito parecida com a ocorrida na cidade afegã de Kunduz, quando os norte-americanos bombardearam um hospital.

Em 3 de Outubro do ano passado, um Lockheed AC-130 das Forças Armadas dos Estados Unidos bombardeou por cerca de 30 minutos um hospital da MSF na cidade afegã de Kunduz, matando pelo menos 22 pessoas, incluindo três crianças. Outras 24 permanecem desaparecidas. Acredita-se que estejam mortas sob os escombros.


      Mortos em guerra civil na Síria

Em cinco anos de guerra civil, 400 mil sírios foram mortos no conflito e outros 70 mil pereceram devido à falta de água e cuidados médicos, informou nesta quinta-feira o jornal britânico The Guardian.

Com os feridos no conflito, o número de atingidos chega a mais de 11 % da população, disse o jornal, citando o Centro Sírio para Pesquisa Política.

Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos tenta destruir o Estado Islâmico na Síria e quer que o presidente sírio, Bashar al-Assad, deixe o poder. Mas Rússia e Irã apoiam Assad e são contrários aos opositores dele, que recebem apoio do Ocidente e de aliados árabes, como a Arábia Saudita.

Cerca de 400 mil mortes ocorreram diretamente devido à violência, enquanto 70 mil pessoas morreram por não ter acesso a tratamento adequado, medicamentos, água limpa ou abrigo.

O número de feridos chega a 1,9 milhão de pessoas. A expectativa de vida no país caiu de 70 anos em 2010 para 55,4 em 2015. As perdas na economia são estimadas em US$ 255 bilhões, segundo o Guardian

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