NOVOS CONVÊNIOS PARA O LEITE DAS CRIANÇAS SOMAM R$ 72 MILHÕES

A Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento renovou o credenciamento de editais para atender o programa leite das crianças, iniciando nova fase a partir de novembro. 


Foram assinados nesta sexta-feira (30) convênios com 43 laticínios que vão entregar o leite das crianças até outubro de 2016. 


O secretário Norberto Ortigara e a diretora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan), da Secretaria da Agricultura, Valéria Nitsche, participaram do evento de assinatura dos convênios, que somam R$ 72 milhões.

Para essa fase, o programa Leite das Crianças apresenta uma inovação, que será a adição de zinco, um elemento para melhorar o desenvolvimento físico e mental das crianças. Essa adição será concretizada a partir do terceiro trimestre de 2016, período necessário para os laticínios se adequarem. Atualmente o leite fornecido já é enriquecido com ferro niquelato e vitaminas A e D.

Os convênios são válidos de novembro de 2015 a outubro de 2016 para o fornecimento de 36 milhões de litros de leite pasteurizado, integral, para atendimento de 125 mil crianças por dia. O programa, que o governo do Paraná mantém ativo, prevê o atendimento com o fornecimento de um litro de leite por dia a crianças de seis a 36 meses de idade, de famílias em situação de vulnerabilidade social com renda per capita até meio salário mínimo regional.

Os dirigentes dos laticínios presentes à solenidade de assinatura dos convênios destacaram a posição firme do secretário Norberto Ortigara em manter o fornecimento de leite pasteurizado para o programa Leite das Crianças, ao contrário de leite em pó que vinha sendo defendida por outras correntes.


O secretário Ortigara justificou que o programa do governo do Parana prima pela qualidade do leite e tem dois objetivos definidos. Um deles é garantir a saúde da criança e o outro é incentivar a organização e o desenvolvimento dos pequenos laticínios, que são os que atendem e coletam o leite nas pequenas propriedades rurais, contemplando também o agricultor familiar.

Para Ortigara, o espírito do programa que mantém o fornecimento de leite pasteurizado é contribuir para a manutenção de uma atividade que contribui e muito com a geração de renda na pequena propriedade. “Sabemos que a pecuária leiteira é uma atividade exigente, não tem folga, mas garante a receita mensal na propriedade”, afirmou.

O secretário lembrou aos empresários que a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e a Emater estão apoiando a organização e o fortalecimento da pecuária leiteira em várias regiões do Estado como Norte Pioneiro, Arenito e a próxima região que terá esse apoio será a Central, em torno do município de Pitanga. Segundo Ortigara, graças a esse apoio as regiões Oeste e Sudoeste são aos maiores produtoras, em volume, de leite atualmente no Estado. 

“E o leite produzido no Paraná é considerado um dos melhores em qualidade, e agora estamos num enforço para que as indústrias paguem essa matéria-prima por qualidade”, disse Ortigara.

O programa existe desde 2003, é coordenado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e executado em parceria com as secretarias do Trabalho e Desenvolvimento Social, da Saúde e Educação, pelo envolvimento dos objetivos sociais e econômicos.

CONVÊNIOS 

 Os convênios foram assinados com os empresários José Carlos André, da Copeler, de São Jorge do Patrocínio; e com Ilson José Piovesan, do laticínio Naturalat, da Lapa. A Copeler cooperativa foi criada por pequenos produtores para fornecer para o programa Leite das Crianças e se fortaleceu com a atividade.

O mesmo aconteceu com o laticínio Naturalat, da Lapa. O empresário Ilson José Piovesan disse que sua empresa cresceu com o programa. Iniciou as atividades em 2001 e processava entre 400 a 500 litros de leite por dia. Depois agregou mais produtores no município para atender ao programa.

Hoje a Naturalat produz entre sete e oito mil litros de leite por dia, fornecido por 43 produtores do município. O laticínio está entregando cerca de 200 mil litros de leite por mês para o programa.

Piovesan elogiou o programa paranaense porque ajuda o pequeno produtor e o pequeno laticínio. Segundo ele, são os pequenos laticínios que viabilizam a coleta de leite nas pequenas propriedades. Com um volume pequeno de matéria-prima para entrega essas propriedades acabam sendo rejeitadas pelas grandes indústrias, por falta de escala, disse.

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